Uma perseguição em alta velocidade pelas ruas de Balneário Camboriú voltou a chamar atenção para um dispositivo eletrônico vendido na internet por cerca de R$ 4 mil e amplamente utilizado por grupos especializados no furto de caminhonetes Toyota Hilux. O aparelho é o Autel KM100 permite que criminosos decodifiquem o sistema eletrônico da caminhonete e gerem uma “chave virtual” em questão de segundos.
O caso ocorreu na noite desta terça-feira (9), quando a Polícia Militar recebeu a denúncia de que dois homens estariam furtando uma Hilux branca na cidade. Ao receber ordem de parada, o motorista, de 23 anos, iniciou uma fuga considerada extremamente perigosa. Sem habilitação, ele avançou sinais vermelhos, subiu em calçadas e bateu em ao menos sete veículos, colocando motoristas e pedestres em risco. Uma das vítimas precisou ser levada ao hospital.
O aparelho de R$ 4 mil que dribla sistema e permite furtar caminhonetes Hilux ‘em segundos’
Aparelho usado por ladrões permite furtar caminhonetes Hilux ‘em segundos’
Foto: PM/Divulgação/ND Mais
Uma perseguição em alta velocidade pelas ruas de Balneário Camboriú voltou a chamar atenção para um dispositivo eletrônico vendido na internet por cerca de R$ 4 mil e amplamente utilizado por grupos especializados no furto de caminhonetes Toyota Hilux. O aparelho é o Autel KM100 permite que criminosos decodifiquem o sistema eletrônico da caminhonete e gerem uma “chave virtual” em questão de segundos.
O caso ocorreu na noite desta terça-feira (9), quando a Polícia Militar recebeu a denúncia de que dois homens estariam furtando uma Hilux branca na cidade. Ao receber ordem de parada, o motorista, de 23 anos, iniciou uma fuga considerada extremamente perigosa. Sem habilitação, ele avançou sinais vermelhos, subiu em calçadas e bateu em ao menos sete veículos, colocando motoristas e pedestres em risco. Uma das vítimas precisou ser levada ao hospital.
Ladrões especializados em furtar caminhonetes
A perseguição terminou na esquina da Quinta Avenida com a rua Chapecó, onde a caminhonete voltou a colidir. A dupla fugiu a pé, mas os dois foram detidos pouco depois. Um deles chegou a jogar o celular na água para impedir a recuperação de provas. Segundo o próprio motorista, eles teriam sido pagos para transportar o veículo furtado, enquanto um terceiro homem seria responsável pelo arrombamento.
A Agência de Inteligência da PM já havia identificado o jovem de 23 anos em outras ocorrências de grande repercussão e aponta que ele integraria uma quadrilha especializada em furtar Hilux utilizando equipamentos eletrônicos avançados — como o dispositivo apreendido com eles. Além do programador de chave, os policiais encontraram um bloqueador de GPS, um smartphone e uma arma de choque.
Sistema permite furtar caminhonetes Hilux ‘em segundos’
O major Juarez Cesar Scarant Júnior, comandante da Agência de Inteligência do 12º BPM, explica como os criminosos conseguem furtar a caminhonete tão rapidamente.
“Em questão de segundos, eles estouram a fechadura da Hilux e acessam o interior. Dentro do veículo, conectam esse aparelho ao OBD, que geralmente fica abaixo do volante e faz a leitura de toda a parte computadorizada. O dispositivo lê o modelo, gera uma chave virtual e, com ela, eles conseguem ligar o veículo e sair com ele”, detalha.
A Toyota Hilux é um dos modelos mais visados no país, tanto pelo alto valor quanto pela facilidade de revenda no mercado clandestino.
“Elas abastecem o mercado de peças, são enviadas para o exterior ou trocadas por drogas no Paraguai”, afirma o major.
Segundo ele, o furto costuma ser um crime de oportunidade: criminosos circulam por cidades da região em busca de caminhonetes estacionadas em locais de fácil acesso, sem travas extras ou sistemas de rastreamento.
“O comportamento da vítima facilita bastante. Veículos sem rastreador ou sem dispositivos de segurança, deixados em locais ermos, tornam-se um alvo muito mais fácil”, destaca.
O que é o OBD
OBD (On-Board Diagnostics) é o sistema eletrônico que monitora o desempenho do veículo e armazena códigos de falha. O sistema permite acesso às informações do “cérebro” do carro por meio de um conector universal — justamente o ponto explorado pelos criminosos para gerar chaves virtuais e acionar o motor de forma clandestina.
Fonte:ND+
