O vídeo postado no Instagram impressiona, principalmente, os internautas urbanoides que nunca viram uma onça-pintada ao vivo e a cores, quanto mais uma sucuri gigante, também conhecida nos filmes hollywoodianos como a aterrorizante anaconda. As imagens mostram o felino em um passeio rotineiro pelas margens de um córrego. Ao farejar de maneira casual os pés de uma árvore, ela para e olha para cima. Percebe a presença da cobra, que estava escondida na vegetação, totalmente imóvel. O felino dá um esturro. Poucos segundos depois, o réptil rastejante despenca do galho aos seus pés. A onça imediatamente parte para cima da presa. Começa o embate.
A sucuri reage e lhe dá uma mordida. Escuta-se esturros da onça. A sucuri consegue escapar e cada um vai para um lado. O encontro do maior felino do continente americano com uma das maiores cobras do mundo viralizou. O vídeo foi postado pelo Pantanal Blog, perfil dedicado a registrar a vida selvagem pantaneira.
Imagens como essa geralmente são conseguidas a partir de armadilhas fotográficas instaladas em geral pelas ONGs, justamente para verificar a população selvagem. O Instituto Onça Pintada, por exemplo, tem essa prática, usada para fazer a estimativa populacional das espécies. “Um censo dos vivos e não dos mortos”, costumava dizer o ornitólogo americano Frank Chapman, sobre as armadilhas, em 1920, quando já era conhecido como escritor pioneiro de guia de campo. Na época, o costume era o registro de animais mortos.
As imagens dos vivos ajudam os estudiosos a entender como as espécies ocupam os espaços, além dos hábitos, e riscos que estão submetidos como a seleção natural da vida selvagem , a caça predatória e até mesmo o esgotamento dos recursos. Além disso, em dias de redes sociais, imagens como a do vídeo ajudam a chamar a atenção da população das cidades para essa fauna tão importante de preservar.
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Fonte:Veja
