domingo, 7 dezembro, 2025 23:40
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Lula e Trump: americano diz que pode avançar rápido sobre rever tarifaço e fala em fazer acordos

de @bonitonet
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“Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras.”

Durante encontro com empresários da Malásia, o presidente afirmou que ele e Trump conseguiram o que parecia “impossível”.

“O presidente Trump teve que viajar 22h dos EUA para Malásia e eu viajar 22 horas para Malásia. Nós conseguimos fazer uma reunião que parecia impossível nos EUA e no Brasil aqui na Malásia.”

Lula também comentou sobre as relações do Brasil com demais países. “​Não queremos uma disputa que nos obrigue a escolher entre ficar do lado da China ou dos EUA. Queremos ficar ao lado da China, dos EUA, da Malásia, e de todos os países.”Segundo o chanceler, o Brasil busca a suspensão do tarifaço durante o período de negociações e a resposta sobre tal pedido pode ocorrer no novo encontro. O horário e local, entretanto, ainda não foram definidos.

“O Trump não suspendeu o tarifaço. O Brasil pediu uma suspensão durante um período de negociação. Eles vão se reunir hoje ainda, à noite, aqui na Malásia, para saber se eles aceitam, durante um período de negociação futura, que as tarifas fiquem em suspensas. O Trump ordenou a equipe dele a se reunir com a equipe brasileira”, afirmou o ministro após o encontro do presidente Lula com o presidente Donald Trump.

Na avaliação do ministro, o encontro entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump foi positivo. Além da taxação, outros temas foram colocados na mesa pelo presidente brasileiro. Lula se ofereceu para intermediar as questões com a Venezuela, defendeu que a América do Sul é zona de paz, e citou o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para afirmar que não se justificam punições a ministros.

O encontro começou às 15h30, horário local, no Centro de Convenções de Kuala Lumpur (KLCC). Os dois governos confirmaram a realização da conversa, em paralelo à Cúpula de Líderes da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Tarifaço

Durante o encontro, Trump disse que estavam abertos a “avançar rápido” nesta discussão sobre o tarifaço, mas desconversou quando questionado sobre quais eram as condições que o fariam reduzir as tarifas ao Brasil: “Vamos discutir por um tempo e provavelmente chegaremos a uma conclusão muito rapidamente”.

O Estadão questionou se Trump estava preocupado a relação privilegiada do Brasil com a China, principal parceiro comercial do País e rival dos EUA, mas Trump disse apenas que vai se reunir com a China depois.

“Acho que teremos um acordo com a China. Vou me reunir com o presidente Xi na Coreia do Sul. Eles querem fazer um acordo e nós queremos fazer um acordo. Vamos nos encontrar depois na China e nos EUA em Mar-a-Lago, Palm Beach. Tivemos muitas conversas antes de nos reunir, tivemos conversas com o Brasil. Acho que terminaremos com um bom acordo para os dois países, com a China isso vai acontecer. As pessoas parecem estar muito interessadas na China, acho que teremos uma reunião muito justa com a China.”

Lula afirmou que tinha uma pauta por escrito para entregar a Trump. Ele mostrou a pasta e disse que deixaria a cópia com o americano.

A conversa com jornalistas ocorreu antes de a discussão entre eles começar. Aparentemente desconfortável com a situação, o petista pediu que a imprensa fosse retirada da sala, para que não perdessem tempo de negociação. Trump concordou e reclamou que as perguntas estavam entediantes.

“A imprensa vai ter boas notícias assim que acabar a reunião. Antes, são só suposições. O Brasil tem interesse em ter uma relação extraordinária com os EUA, como temos há 201 anos. Não há nenhuma razão para desavença entre Brasil e EUA”, afirmou o petista. “Quando dois presidentes sentam na mesa, cada um coloca os seus problemas, a tendência natural é encaminhar para um acordo. Antes de vir aqui eu disse que estava muito otimista com a possibilidade para avançarmos para ter uma relação mais civilizada com os EUA e pretendemos manter.”

Fonte: Estadão

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