Documento de locação de van para transporte de indígenas levanta suspeita de envolvimento da entidade ligada à CNBB no ataque à Fazenda Ytapuã.
A escalada do conflito agrário na fronteira entre Caarapó e Fátima do Sul ganhou um novo e polêmico desdobramento. Um documento de locação de veículo levanta a forte suspeita de que a invasão e a depredação da sede da Fazenda Ytapuã, ocorridas na madrugada deste sábado (25), podem ter sido “patrocinadas” pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI/MS), entidade com sede em Brasília (DF) e ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A suspeita baseia-se em um contrato de locação de uma van Renault Master, de cor prata e placas QAA9D28, de Dourados, alugada junto à empresa Edson Som Automotivo e Transportes. O aluguel, no valor de R$ 1.600 e pago com nota fiscal emitida na tarde de ontem (24), previa o transporte de 15 passageiros com embarque em Douradina, passando por Dourados até Caarapó, com retorno marcado para a manhã do dia 28.
Na madrugada de hoje, um grupo de indígenas invadiu a Fazenda Ytapuã, ameaçando e expulsando funcionários. A ação resultou no incêndio de grandes proporções, que destruiu a casa sede, galpões, tratores e implementos agrícolas, atingindo até áreas de plantio. O Corpo de Bombeiros de Caarapó foi acionado para conter o fogo, que ameaçava atingir uma área de reserva permanente.
A linha de investigação levantada por produtores rurais é de que as pessoas transportadas nesta van teriam participado diretamente da invasão e da destruição da sede da fazenda.
Gino José Ferreira, presidente do Sindicato Rural de Dourados, afirmou que a descoberta do documento confirma suspeitas antigas do setor de que entidades e ONGs estariam por trás das invasões de terra na região.
“Com estas notas fica claro que o CIMI está mais uma vez usando os indígenas para promover a baderna e a discórdia em áreas produtivas e levar a insegurança ao campo. É preciso que as autoridades apurem e punam com rigor quem está promovendo estes atentados”, disse Gino Ferreira, cobrando uma resposta das autoridades.
A reportagem tentou contato com o número de telefone que consta na nota fiscal e no contrato de locação da van, bem como com a assessoria do CIMI/MS, mas não obteve retorno para que a entidade pudesse dar a sua versão sobre o fato até o fechamento desta matéria.
Fonte: DouradosNews