Nesta quinta-feira (11), o Brasil celebra o Dia do Cerrado, data criada para valorizar e proteger um dos biomas mais importantes do país. Conhecido como “berço das águas” por abrigar nascentes que abastecem diversas regiões, o Cerrado ocupa cerca de um quarto do território nacional e é reconhecido mundialmente como a savana mais biodiversa do planeta.
Além da relevância ambiental, a riqueza do bioma também está presente na cultura e na alimentação. Frutos típicos como pequi, baru, guavira, bocaiúva e guariroba carregam tradições, sabores e benefícios nutricionais, fortalecendo a conexão entre saúde, sustentabilidade e identidade cultural.
O pequi, símbolo da culinária regional em pratos como a galinhada, se destaca pelo aroma intenso e pelos nutrientes: rico em vitaminas A e C, antioxidantes e gorduras boas, auxilia a visão, a pele e o sistema imunológico. Já o baru, chamado de “castanha do Cerrado”, conquistou fama internacional como superalimento por ser fonte de proteínas, fibras e minerais, além de contribuir para a saúde cardiovascular.
Outro destaque é a guavira, fruta-símbolo de Mato Grosso do Sul, conhecida pelo sabor doce e refrescante, ideal para sucos e licores. Rica em vitamina C e antioxidantes, ajuda na digestão e no fortalecimento da imunidade. A bocaiúva, por sua vez, é marcada pelo aroma adocicado e versatilidade: sua polpa pode virar farinha, óleo ou sobremesas, mantendo ferro, cálcio e vitaminas essenciais. Já a guariroba, com seu amargor característico, dá autenticidade a pratos típicos e é fonte de fibras que favorecem o equilíbrio intestinal e da glicemia.
Para a nutricionista Maria Tainara, professora da Estácio, esses alimentos representam muito mais que sabor: “Os frutos do Cerrado não são apenas ricos em nutrientes. Eles guardam histórias, fortalecem tradições e promovem a preservação do bioma. Ao incluí-los na dieta, a população consome saúde e, ao mesmo tempo, contribui para a geração de renda local e a manutenção da identidade cultural e ambiental do Brasil”, afirma.
Celebrar o Dia do Cerrado é, portanto, reconhecer sua biodiversidade, sua importância para os recursos hídricos e também os sabores que compõem a mesa brasileira. Valorizar e consumir os frutos do bioma é um gesto que nutre o corpo, sustenta comunidades e ajuda a preservar um patrimônio natural que pertence a todos os brasileiros.
