Polícia Federal efetuou 22 prisões preventivas e seis prisões temporárias em operação em Três Lagoas, na manhã desta terça-feira (14), para desarticular quadrilha que movimentou mais de R $ 155 milhões em 14 meses em Mato Grosso do Sul.
As equipas deflagraram uma “Operação Aqueus” para combater o tráfico ilícito de drogas e à lavagem de dinheiro.
Além das prisões, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, sequestro de 13 imóveis e do bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Além de aproximadamente 500 kg de drogas.
Entre os imóveis, estão uma fazenda no município de Água Clara e uma casa de veraneio à beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R $ 4 milhões de reais.
A PF estima que, entre 2020 e 2021, os líderes da organização receberam R $ 3,5 milhões somente em valores creditados em contas correntes de seus “laranjas”. Contudo, o lucro foi superior, tendo em vista os valores movimentados em espécie e bens não contabilizados.
As investigações, que descrevem em março de 2020, destacam que os líderes adquiriam as drogas em Ponta Porã e coordenavam, à distância, todo o transporte da carga, que era armazenada em um depósito em Campo Grande.
Em seguida, era encaminhado para um depósito três-lagoense, de onde era distribuída para diversos locais do país, principalmente interior e litoral paulista, Grande São Paulo e interior de Minas Gerais.
Para movimentar o dinheiro, uma organização indicava contas bancárias de empresas de fachada para os compradores, fazendo com que o pagamento da droga chegasse diretamente ao fornecedor na região fronteiriça.
Estas contas eram administradas por um núcleo especializado em lavagem de dinheiro, que prestava este tipo de serviço às diversas associações criminosas.
O lucro dos líderes três-lagoenses era liquidação de veículos, dinheiro em espécie e contas bancárias de parentes próximos.
As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande, Ponta Porã, Ribeirão Preto-SP, Guatapará-SP, Aparecida-SP, Guaratinguetá-SP, Potim-SP, Paulínia-SP, São José do Rio Preto-SP, São José dos Campos-SP, Guarujá-SP, José Bonifácio-SP, São Paulo-SP, Douradina-PR, Sarandi-PR, Maringá-PR, Maria Helena-PR, Colombo-PR, Laranjeiras do Sul- PR e Baependi-MG.
Nome da operação
De acordo com a polícia, o nome da operação foi inspirada na Guerra de Troia. Segundo a história, o povo Aqueus, como eram conhecidos os cidadãos das cidades-estado da Grécia antiga, venceram de forma estratégica a cidade de Troia, com destaque à batalha entre Aquiles e Heitor, na qual Aquiles venceu a batalha.
Um dos principais investigados da operação possui o mesmo prenome de Heitor.
Fonte:CE
