Chuva excessiva a extrema com acumulados locais até acima de 300 mm em apenas 36 horas, como consequência do ciclone, atinge várias regiões gaúchas e principalmente municípios do Sul, Leste e parte do Centro do Rio Grande do Sul, mostra levantamento da MetSul Meteorologia.
Os volumes acumulados entre segunda-feira (8) e 9h da manhã desta quarta-feira (10) somaram 310 mm em Amaral Ferrador, 267 mm em Sertão Santana, 264 mm em Dom Feliciano, 239 mm em Camaquã, 257 mm em Canguçu, 233 mm em Piratini, 229 mm em Venâncio Aires e 201 mm em Cristal.
Choveu ainda no mesmo período 197 mm em Cerro Grande do Sul e Cerrito, 185 mm em Encruzilhada do Sul, 177 mm em São Sepé, 176 mm em Tio Hugo, 167 mm em Pinheiro Machado, 164 mm em Santa Cruz do Sul, 157 mm em Cachoeira do Sul, 149 mm em Sinimbu, 148 mm em Ibirapuitã e Herval, 146 mm em Espumoso, 144 mm em São Lourenço do Sul, 143 mm em Santana da Boa Vista, 142 mm em Pedro Osório, 141 mm em Fontoura Xavier e 140 mm em Barra do Ribeiro e Novo Cabrais.
Os dados das estações mostraram ainda até às 9h desta quarta 138 mm em Restinga Seca, 136 mm em Ronda Alta, 134 mm em Vera Cruz, 130 mm em Capão do Leão, 129 mm em Pelotas, 128 mm em Não-Me-Toque, Vale Verde e Teutônia, 125 mm em Soledade, 124 mm em Torres, 121 mm em Morrinho do Sul e Estrela, 119 mm em Lagoa Vermelha e Vacaria, 117 mm em Osório e Caçapava do Sul, 115 mm em Tupanciretã, 111 mm em Dois Lajeados, 106 mm em Roca Sales, 103 mm em Capão da Canoa, 102 mm em Arroio Grande e 101 mm em Maquiné.
Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia, Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, Secretaria Estadual da Agricultura e estação automáticas particulares (PWS).
Para se ter uma ideia de quanto choveu, algumas cidades tiveram devido ao ciclone volumes equivalentes a duas a três vezes a média de precipitação de dezembro em tão-somente 36 horas e ainda não parou de chover.
A MetSul Meteorologia alerta que, com o vórtice do ciclone sobre o Sul e o Leste do Rio Grande do Sul, a pressão atmosférica baixíssima e em valores raramente observados, e a atmosfera aquecida, é altíssimo ainda o risco de chuva por vezes localmente forte a intensa com pancadas torrenciais que podem acumular volumes excessivamente altos em curtos períodos com alagamentos e até inundações repentinas.
O risco destes períodos de chuva forte a intensa no decorrer desta quarta-feira é maior em cidades do Sul e do Leste do estado, especialmente na área de entorno da Lagoa dos Patos, Região Metropolitana, Vales, Serra e o Litoral Norte.
Com estes volumes de chuva excepcionalmente altos já ocorridos e a persistência da chuva, é alto o risco de inundações e a MetSul Meteorologia não afasta a possibilidade de cheias de rios menores e médios a Oeste da Lagoa dos Patos e no Sul do estado. Em alguns pontos, arroios e córregos já saíram do leito mesmo que temporariamente.
Ontem, a chuva excessiva causou graves inundações em Camaquã e Osório, onde pessoas tiveram que ser resgatadas de carros e residências pelas enxurradas. Muitas praias do Litoral Norte, de Tramandaí a Torres, ficaram alagadas. No final da terça, chuva intensa causou pontos de alagamentos em vários bairros de Pelotas.
Fonte:Metsul.
