sexta-feira, 5 dezembro, 2025 03:43
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Greve à vista: trabalhadores dos Correios definem paralisação ainda em dezembro

de Redação Bonitonet
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Os trabalhadores dos Correios em São Paulo aprovaram em assembleia o estado de greve e definiram o indicativo de paralisação para o dia 16 de dezembro. A categoria também decidiu participar de uma caravana para Brasília no dia 9 de dezembro e marcar presença no ato unificado nacional previsto para o dia 10.

A reunião, convocada pelo SINTECT-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paul), reuniu um grande número de funcionários, que discutiram o andamento das negociações e os próximos passos da mobilização.

Segundo o presidente do sindicato, Elias Diviza, a participação e a unidade dos trabalhadores são essenciais para acompanhar os desdobramentos das negociações nos Correios.

O avanço da greve nos Correios ocorre em um momento de tensão nas negociações com a empresaFoto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Divulgação/NDO avanço da greve nos Correios ocorre em um momento de tensão nas negociações com a empresaFoto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Divulgação/ND

O SINTECT-SP atua em nível nacional, coordenando ações estratégicas para fortalecer a categoria em diferentes estados. Segundo o sindicato, a definição do indicativo de greve ocorre em meio a impasses nas conversas sobre direitos e condições de trabalho.

A reportagem do ND Mais procurou o governo federal para comentar sobre a greve nos Correios, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para posicionamento.

Greve nos Correios acontece em meio à crise

A paralisação dos trabalhadores ocorre enquanto os Correios atravessam uma das fases mais delicadas dos últimos anos, incluindo o fechamento de lojas. Com sucessivos prejuízos, a estatal tenta viabilizar um empréstimo de 20 bilhões de reais, já aprovado internamente.

Esse empréstimo faz parte de um pacote maior de reestruturação da empresa. A proposta prevê um corte de custos na casa dos 2 bilhões de reais, principalmente com redução de pessoal e o fechamento de mil agências.

Do lado das receitas, o plano inclui a venda de imóveis que hoje estão parados, estimada em 1,5 bilhão de reais, além de novos serviços em parceria com empresas privadas.

Uma fatia relevante dos recursos será destinada ao plano de demissão voluntária, que mira o desligamento de dez mil funcionários. O restante vai para o pagamento de dívidas antigas, empréstimos bancários, pendências com fornecedores, sentenças judiciais e recolhimentos de previdência e FGTS.

Depois da análise final do Tesouro, o governo deve editar um decreto presidencial para dar base jurídica à operação. Os Correios operam no vermelho desde julho e acumularam um prejuízo de 6 bilhões de reais entre janeiro e setembro deste ano.

Fonte:ndmais

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