Voluntários se mobilizam para salvar peixes durante seca do Rio da Prata em MS

Uma nova operação de resgate foi realizada para salvar peixes presos em poças d’água no leito seco do Rio da Prata, em Jardim, na última 6ª feira (19). A ação, autorizada e acompanhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), retirou 148 peixes de diferentes espécies, que foram realocados para trechos mais profundos e com fluxo hídrico estável.

O resgate mobilizou voluntários do Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim, policiais militares ambientais, funcionários de uma fazenda local e representantes do setor turístico. Foram salvos 76 lambaris, 36 curimbas, 10 piraputangas, além de 5 traíras, 8 pacus-péva, 6 joaninhas e 7 canivetes.

De acordo com o Instituto, o alerta sobre a seca foi emitido no início de setembro e, com o calor intenso, a intervenção tornou-se urgente. “A ação emergencial evidenciou a gravidade da situação e a importância da resposta rápida das instituições envolvidas.”

O episódio reforça a preocupação com a seca no Rio da Prata, localizado em Jardim, região turística vizinha a Bonito. A crise hídrica, que também atinge outros cursos d’água como o Rio Miranda, tem afetado o equilíbrio dos ecossistemas locais.

Diante do cenário, a 1ª Promotoria de Justiça de Jardim prorrogou por mais um ano o inquérito civil que apura as causas da interrupção do fluxo hídrico em parte do rio. Instaurado em julho de 2024, o inquérito visa investigar os impactos ambientais e eventuais ações humanas irregulares na cabeceira do Rio da Prata.

A decisão de prorrogação foi assinada pela promotora substituta Laura Alves Lagrota, que justificou a medida pela necessidade de concluir diligências em andamento, incluindo a verificação do retorno à normalidade do curso d’água. O Instituto Guarda Mirim foi requisitado a apresentar uma avaliação em até cinco dias e, se necessário, realizar novas ações de salvamento de fauna aquática.

Segundo a promotora, “o trabalho do MPMS tem sido decisivo tanto para autorizar as ações de resgate quanto para conduzir a investigação sobre as causas da interrupção do fluxo hídrico.” O inquérito conta com apoio técnico da Polícia Militar Ambiental e do Instituto Guarda Mirim.

Fonte:MSNoticias

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