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Mulher que viralizou em polêmica do avião diz estar sem comer e dormir; bancária já fez publicidade

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Jeniffer Castro, a bancária que aparece em um vídeo que viralizou nas redes sociais na última semana sendo hostilizada por uma passageira durante um voo, publicou um depoimento em seu Instagram dizendo que está sem dormir e comer desde o início da polêmica. Na ocasião, ela não concordou em ceder o assento para uma criança.

A mineira ganhou mais de dois milhões de seguidores e já faz publicidades para marcas famosas, como a varejista Magalu. Em tom de pronunciamento, Jeniffer afirmou que “não está bem”. Nas redes sociais, ela também foi questionada sobre as respostas que deu durante entrevistas a programadas de televisão. Em sua participação ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, ela não explicou que a mãe da criança não era a responsável por hostilizar, filmar e divulgar o caso.

De acordo com Jeniffer, houve uma “falha técnica” em sua participação no programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo e, por isso, ela não teria escutado a pergunta da apresentadora.

“Desde o fato ocorrido eu não estou dormindo, não estou comendo, não estou bem há dias. Vim aqui falar sobre o programa da sexta-feira, nele houve falas técnicas e por isso que eu não respondi a pergunta. Se eu tivesse realmente escutado, é claro que eu teria respondido”, afirmou a mineira. “Eu nunca imaginei na minha vida que teria que vir aqui fazer um vídeo me pronunciando. Eu não sou de falar.”

No programa de TV, a jornalista perguntou para Jeniffer, no meio do seu relato, se foi a mãe da criança a autora do vídeo. Jeniffer não respondeu à pergunta, apenas continuou contando o ocorrido e chamando a responsável pelo vídeo de “mulher”. No domingo, ao Fantástico, a mãe da criança criticou a postura da mineira por não desmentir que teria sido ela a autora do vídeo, como muita gente vinha falando nas redes sociais. Ela também relatou as ameaças que sua família passou a sofrer por conta da história.

“Desde quando o vídeo viralizou na rede vizinha, eu estou respondendo os comentários de vocês falando que não é a mãe, então, várias pessoas sabem. Eu demorei para falar porque eu não estava bem, pelo constrangimento que eu passei no avião”, disse Jeniffer agora.

Entenda o ocorrido

Um vídeo de Jeniffer Castro sendo hostilizada em um avião após se recusar a ceder o seu assento a uma criança que chorava querendo o lugar dela viralizou nas redes sociais na semana passada, afetando diretamente a vida das quatro mulheres envolvidas: Jeniffer, a autora do vídeo, a mãe da criança e a filha da autora do vídeo, que foi quem postou nas redes sociais.

O vídeo foi postado pela filha da nutricionista Eluciana Cardoso com tom de indignação pelo comportamento de Jeniffer. “E minha mãe que encontrou uma pessoa sem empatia com criança”, escreveu a jovem no perfil @marycomciencia, no Tiktok, que posteriormente foi desativado. Mas, para sua surpresa, o post rendeu uma chuva de comentários em defesa de Jeniffer e condenando o comportamento da autora do vídeo.

No registro, Eluciana mostra sem permissão o rosto de Jeniffer e reclama de “falta de empatia”. “Ela se nega a trocar de uma criança que está nervosa porque ela não quer trocar de lugar. Eu até perguntei se ela tem alguma síndrome, alguma coisa, porque se a pessoa tem algum problema, uma deficiência, a gente até entende, mas a pessoa não quer trocar por nada”, diz.

Já nos comentários, internautas elogiaram a postura de Jeniffer e reclamaram da autora do vídeo, supondo que ela seria a mãe da criança. “As pessoas precisam entender que ninguém é obrigado a atender aos desejos dos filhos dos outros. Se o assento é dela, ela tem o direito de não querer trocar”, escreveu um usuário do Tiktok.

Os internautas começaram a chamar Jeniffer de “diva do avião” e elogiar a sua postura calma em meio às ofensas que recebia da mulher que filmou o vídeo. A bancária se manteve em silêncio e com fones de ouvido durante praticamente toda a confusão. Quando retrucou a mulher, falou em tom baixo. Não foi possível escutar o que ela disse. “Quando eu crescer, quero ser calma como essa mulher”, escreveu uma internauta.

Em entrevistas à rede globo, as mulheres esclareceram depois que a autora do vídeo não era a mãe da criança, Aline Rizzo, que vinha sofrendo xingamentos e ameaças nas redes sociais por conta da polêmica. Eluciana pediu desculpas e se disse arrependida por ter filmado Jeniffer. “Eu perdi totalmente o meu controle”, afirmou.

Segundo Jeniffer e Aline, a criança, um menino de 4 anos, havia sentado por engano no assento de Jeniffer, que ficava ao lado do assento da avó dele. Quando a mineira chegou no avião, explicou que aquele era o seu assento e Aline retirou o filho, o sentando ao seu lado, na janela da fileira do lado esquerdo. A criança não chorou neste momento.

Quando Jeniffer se sentou em sua poltrona, um homem que estava no corredor, ao lado da avó da criança, perguntou para Jeniffer se ela não poderia trocar de assento com ele. Ele ficaria no lugar da criança e o menino se sentaria ao lado da avó. A mineira recusou o pedido, pois havia comprado a poltrona da janela e queria viajar nela.

“Quando a aeromoça fala para colocar os cintos para decolar, ele (a criança) fala, ‘é meu sim, eu sentei primeiro, a moça que mandou eu sair, a moça que pegou o meu lugar’ (ao escutar a conversa entre o homem e Jeniffer) e eu falo ‘não, filho’. Aí ele começa (a chorar)”, contou Aline.

O manual aeronáutico brasileiro não permite trocas de assento a não ser por determinação da tripulação, que segue regras técnicas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para isso. Os passageiros podem até pedir trocas à tripulação, mas não é possível exigir que sejam atendidos ou os lugares exatos em que querem voar, a não ser que comprem o assento no site ou guichê da companhia aérea.

Crianças, assim como pessoas com deficiência que precisam de acompanhamento, como autistas de nível de suporte alto, devem obrigatoriamente se sentarem acompanhadas do pai, mãe ou responsável. Mas o lugar específico, se na janela ou não, só pode ser escolhido mediante compra de assento.

Fonte: Estadão

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