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Oficina do Maculelê promove cultura e inclusão feminina na Capoeira

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Entre esta quinta-feira (29) e sábado (31), Campo Grande recebe a oficina de Confecção de Vestimentas e Pinturas Corporais do Maculelê, uma iniciativa que integra o projeto “Capoeira, Cultura e Memória”. Idealizado pela professora e capoeirista Priscila Coutinho, do grupo Memória Capoeira, a iniciativa propõe a valorização da prática e dos capoeiristas, bem como a reflexão sobre a transversalidade da capoeira, destacando o papel das mulheres nesta rica tradição cultural.

A oficina é gratuita e será realizada na sede do grupo de capoeira, nesta quinta-feira (29), das 16h às 20h30, e na sexta-feira (30) e sábado (31), das 14h às 20h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone 67 99200-7742 (WhatsApp).

A oficina de pinturas corporais do Maculelê será ministrada por Fernanda Aranha, capoeirista de Três Lagoas. O curso é gratuito e aberto a toda comunidade, capoeiristas e não praticantes, com o intuito de apresentar as técnicas e as familiaridades existentes entre o maculelê e a capoeira, ambas riquezas herdadas do povo do continente africano.

“A oficina vai ser uma oportunidade incrível para todos que desejam aprender sobre a confecção das vestimentas e a aplicação das pinturas corporais do Maculelê. O Maculelê é uma manifestação popular resgatada pela capoeira, originária de Santo Amaro [Bahia] e influenciada por diversas culturas”, explica Fernanda que destaca que se trata de um curso aberto para todos, “independentemente de experiência prévia, oferecendo uma imersão na cultura popular brasileira. Não é necessário ser capoeirista ou ter habilidades físicas específicas para participar. A programação é flexível, permitindo que qualquer pessoa interessada possa vivenciar a cultura e aprender a confeccionar vestimentas tradicionais”.

Para quem ficou curioso sobre o que vem por aí, Fernanda antecipa um pouco o conteúdo que será ensinado. “Os alunos vão aprender a fazer as roupas, então, quem chegar lá e participar de todas as atividades vai conseguir produzir a própria vestimenta para o maculelê, fazer as pinturas corporais e entender os seus significados”, diz Fernanda.

Nessa proximidade entre capoeira e maculelê, a professora e proponente do projeto, Priscila Coutinho, ressalta a importância das mulheres dentro dos trabalhos propostos. “As mulheres na capoeira têm buscado cada vez mais seu espaço e vêm se destacando de maneira extraordinária. Projetos como este são essenciais para evidenciar o papel feminino dentro dessa prática cultural, demonstrando que a capoeira e o maculelê podem ser territórios de inclusão e diversidade. Através da nossa participação, mostramos que há espaço para todos, onde as mulheres têm voz, vez, e lugar de destaque”, afirma.

A oficina é uma oportunidade não só de aprendizado técnico, mas também de fortalecimento da identidade cultural e da presença feminina na capoeira. O projeto “Capoeira, Cultura e Memória” busca, assim, consolidar a capoeira como um espaço plural, onde tradições como o Maculelê são preservadas e a inclusão é promovida.

Além de promover a cultura e fortalecer a memória das tradições afro-brasileiras, o projeto também celebra a força das mulheres dentro dessas práticas, incentivando a participação ativa e a liderança feminina na capoeira e em outras manifestações culturais.

“Capoeira, Cultura e Memória” é uma iniciativa que celebra a tradição, promove a inclusão e sustenta a consciência ambiental, transformando vidas e fortalecendo a comunidade através da capoeira e da cultura. Ele foi contemplado pelo FIC (Fundo de Investimentos Culturais), edital desenvolvido pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio do Governo do Estado.

Maculelê – Trata-se de uma manifestação cultural afro-brasileira, que envolve danças e ritmos que remetem às lutas dos escravizados em busca de liberdade. Historicamente, a prática combina movimentos de dança com o uso de bastões ou facões, e sua apresentação é marcada pelas vestimentas e pinturas corporais vibrantes. Essas características não apenas representam a resistência e a força dos ancestrais, mas também a celebração de uma cultura que se mantém viva através das gerações. A ligação do Maculelê com a capoeira é profunda, pois ambas as expressões compartilham raízes comuns e são usadas como formas de resistência e preservação cultural.

Informações sobre o projeto pelo instagram.com/pindorama.memoriacapoeira/. A sede do grupo Memória Capoeira fica na rua Barão de Campinas, 1944, Jardim das Mansões.

 

Fonte:EFMS

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