Dois professores de educação física, sendo um deles substituto, são suspeitos de estuprar uma aluna em uma escola municipal de Mato Grosso do Sul. O primeiro abuso ocorreu quando ela tinha 7 anos, por parte do professor substituto. Já em 2022 o crime passou a ser cometido pelo professor titular, na quadra da escola.
O crime foi descoberto pelos pais da vítima, em dezembro de 2023, após ela passar a faltar as aulas da disciplina, alegando dores de cabeça, dores no corpo, ou que o professor passava exercícios muito puxados. Ela chegou a ser reprovada por faltas.
Segundo o relato da vítima, quando tinha 7 anos, foi abusada pelo professor substituto, quando estava no 2° ano. O professor teria a puxado para um quarto que guarda materiais da aula de educação física, que fica na quadra, tirou a roupa dos dois e cometeu o crime.
Em meio a lagrimas, a menina o descreveu como alto, forte, cabelo corte baixinho, pele clara e no dia usava calça jeans e blusa listrada azul com cinza, mas não sabe o nome dele, porque ele fez substituição algumas vezes na escola.
Ela ainda relatou tempos depois que esse mesmo professor mandou massagem no Instagram pedindo fotos nuas em troca de R$ 250. “Foi perturbador”, afirmou. Ainda conforme o relato da vítima, os crimes cometidos pelo professor titular, que segundo apurado continua atuando na escola até o momento, começaram em 2022.
Certo dia, ele passou as mãos em seus seios. Em outra situação, quando estava sentada na arquibancada, ele passou a mão em suas pernas. A menina relata que tem medo de acontecer o mesmo daquela época. Disse que o professor ainda ficava a encarando causando desconforto.
Os pais relataram que a filha é reservada, sem muitas amizades, que eles não tem trabalho referente a menina, o que tem, causado muita estranheza na mudança de seu comportamento em questão da situação escolar. Na época em que o boletim de ocorrência foi registrado – dezembro de 2023 – a menina cursava o 5º ano.
Ainda conforme os pais, a criança passou a praticar automutilação nos braços, ficando deprimida. Ao organizar uma roda de conversa com a filha, ela contou sobre os abusos.
Sua palavra contra a dele
Após o ocorrido na arquibancada, a menina encontrou um colega e contou a situação. O colega, então disse que ela precisava contar o caso na diretoria da escola. Ele, inclusive, a acompanhou até a direção, porém não foi permitido ficar na sala com ela.
A menina contou aos diretores que a questionaram se ela tinha certeza, pois era a palavra dela contra a de um professor.
Os diretores, segundo relato, tiveram acesso às filmagens da quadra, a qual eles falam que só vê a parta debaixo do professor e as pernas da aluna, depois abaixam a cabeça, falando que o vídeo está travando.
A vítima ainda afirmou que uma colega também teria sido abusada, quando o mesmo professor passou a mão nas nádegas dela. Disse ainda que poderiam questioná-la sobre a veracidade.
Exposta para a turma
No dia seguinte ao comunicado para os diretores, a aluna foi a escola e no momento que o professor entrou na sala disse em voz alta que sua irmã é advogada e que tem uma ‘aluna mentirosa’ falando que ele abusou dela, disse ainda que iria processar a tal aluna.
Em outro dia que a vítima faltou à aula, o professor teria dito: “Ainda bem que aquela mentirosa não veio na aula”, expondo a situação aos amigos. A tal fala, segundo a vítima, está gravada em áudio colhido por uma colega de sala.
O professor ainda teria dito que a reprovaria. Os pais chegaram ir à escola e pediram providências, mas não tiveram acesso às filmagens. Preocupados, os pais relataram que a filha está com medo do professor.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável.
A reportagem apurou que o professor titular de educação física continua atuando na escola, onde a vítima estuda.
A Secretaria Municipal de Educação foi acionada, mas não respondeu os questionamentos sobre o caso.
Fonte:MM