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Enchente na região central do RS já supera a de 1941

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A enchente na região central do Rio Grande do Sul já é a maior desde 1941, quando o estado enfrentou inundações históricas, segundo a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Alice Castilho.

De acordo com o governo gaúcho, até o início da noite desta quinta-feira (2), o estado já havia registrado 29 mortes e havia 60 desaparecidos por causa das inundações e soterramentos.

Em muitos municípios a cheia já superou a de setembro a novembro de 2023, outra grande enchente que atingiu recentemente a região onde estão cidades como Lajeado, Encantado, Muçum e Roca Sales, nas margens do rio Taquari.

A situação pode se agravar mais nos próximos dias. Foram 300 milímetros de chuvas desde o começo da semana e a previsão é de até outros 200 milímetros de precipitação até sábado. “O cuidado é maior a partir de agora, porque o terreno já está encharcado, o que reduz a absorção de água”, afirma.

A preocupação é também com o aumento dos impactos das enchentes na região metropolitana de Porto Alegre, pois o rio deságua no Jacuí e, posteriormente para o lago Guaíba, que banha a capital gaúcha, e a região em torno da Lagoa dos Patos.

região metropolitana já sente os impactos da chuva antes mesmo da chegada da onda provocada pelo rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, com o transbordamento do rio. A onda é monitorada pelo SGB e deve chegar a Porto Alegre nesta sexta-feira (3).

O SGB atua na prevenção de desastres e na gestão de águas e territórios faz mais de 50 anos e passou a emitir alertas de cheias e estiagem há 30 anos. No Rio Grande do Sul, o monitoramento é feito nas bacias dos rios Uruguai, Taquari e Caí.

Na bacia do rio Caí, há inundação em cinco dos nove pontos de análise. No rio Taquari, são sete com inundação, dois em alerta e um em atenção, de um total de 11.

Dos 28 pontos em análise no rio Uruguai, um está com inundação, três em alerta e cinco em atenção.

O serviço analisa também o risco de deslizamentos de terra em 62 municípios do estado.

Como o trabalho é preventivo, o SGB não divulgou quais municípios foram notificados dos riscos neste ano.

Na noite desta quinta-feira (2), a Defesa Civil estadual afirmou em nota que a condição hidrológica atual é de níveis muito acima da cota de inundação em decorrência dos extremos volumes precipitados, e com tendências de manutenção dessas elevações em praticamente todos os rios do estado, principalmente nas bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas e Caí, que já atingiram cota de inundação histórica e devem manter essa condição em razão da previsão de novos volumes de chuva até sábado (4).

Por causa da previsão da continuidade de precipitações volumosas ao longo dos próximos dias, a Defesa Civil diz esperar a ocorrência de respostas hidrológicas com o extravasamento da calha de rios menores, arroios e córregos onde a chuva apresentar elevada intensidade, provocando alagamentos nos perímetros urbanos e transtornos em regiões ribeirinhas e moradores de área de risco.

(Informações da Folhapress)

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