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Chuva de abril ficou acima da média, mas quadro de seca persiste

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Depois de seis meses de chuvas abaixo da média histórica em boa parte do Estado, em abril a situação foi diferente. Em 30 dos 45 municípios acompanhados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) o volume ficou acima da média histórica. Mesmo assim, elas foram insuficientes para acabar com a seca.

Em Maracaju, importante região de produção agrícola, por exemplo, o acumulado do mês passado chegou a  263,4 milímetros, o que representa 149% acima da média histórica, que é de 105,7 milímetros.

Na Capital, onde as precipitações estavam abaixo da média e muito irregulares desde outubro do ano passado, a região da UFMS registrou 224,6 milímetros, o que representa 151% acima dos 89,4 milímetros que ocorrem normalmente no quarto mês do ano. Na região da Embrapa, oeste da cidade, o volume foi menor, de apenas 133 milímetros. Mesmo assim, foi 49% acima da média.

Além de Maracaju, os municípios de Chapadão do Sul e Costa Rica, outras importantes regiões de produção de grãos, também tiveram chuvas generosas. Em Chapadão, o acumulado chegou a 220 milímetros, sendo que a média histórica para abril é de 108,4 milímetros. Em Costa Rica o volume foi um pouco menor, de 158,4 milímetros, o que representa 65% acima da média.

No município de Miranda, no Pantanal, as chuvas também foram generosas, somando 242,4 milímetros. Isso significou 190% acima dos 83,7 milímetros que normalmente ocorrem nesta época do ano na região. E, embora as lavouras de milho praticamente inexistam, a chuva nesta época é importante pelo fato de retardar o início do período de estiagem e as possíveis queimadas no Pantanal.

Os municípios do extremo sul fazem parte da lista daqueles que mais uma vez tiveram poucas chuvas. Em Ponta Porã, por exemplo, o Cemtec registrou apenas 62,4 milímetros, sendo que a média histórica é de 132,7 em abril. Em Mundo Novo, na divisa com o Paraná, a situação foi parecida, com apenas 62,6 milímetros, o que representa menos da metade dos 129 que normalmente ocorrem em abril.

Estiagem persiste

Mas apesar das chuvas abundantes, principalmente na primeira quinzena do mês, elas foram insuficientes para reverter o quadro de estiagem que atinge o Estado. A avaliação é de Vinícus Sperling, do Cemtec.

Para piorar, destaca ele, a onda de calor e a baixa umidade das últimas semanas de abril e dos primeiros dias maio vieram para anular praticamente todos os efeitos benéficos daquelas chuvas, pois a terra, que estava seca, não conseguiu segurar a umidade por muito tempo.

Por isso, tem muito milho muito ruim, principalmente na região sul, como em Antônio João e Ponta Porã, lembra Vinícius Sperling.

E, apesar do fim do fenômeno El Niño, a previsão daqui para frente não é das melhores. Segundo o Boletim Mensal da Análise das Condições Meteorológicas em Mato Grosso do Sul, “a tendência climática indica maior probabilidade das chuvas ficarem abaixo da média histórica no estado do Mato Grosso do Sul para o trimestre de maio, junho e julho”.

 

Fonte:CE

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