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Turista registrou imagens de macacos se alimentando com restos de comida encontrados no lixo em Bonito, no Mato Grosso do Sul. O registro foi feito pelo biólogo Henrique Concone na última quinta-feira (11/04).
Nas imagens é possível observar macacos abrindo pacotes de salgadinho, mexendo nas latas de lixo e até um macaco-prego comendo restos de chocolate.
Henrique disse em entrevista para reportagem que foi aconselhado a não mexer com os animais. “Me disseram para não dar nada, mas a cena é triste. Isso não acontecia há sete anos atrás, por exemplo. De lá pra cá, os macacos aprenderam a buscar comida com as pessoas”, relatou o biólogo.
A prática realmente é desaconselhada pela Polícia Militar Ambiental. Dar alimentos a animais silvestres configura crime de maus-tratos, pois essa oferta de alimento pode causar desequilíbrio na fauna.
De acordo com Ana Trevelin, secretária de Meio Ambiente do município, dar esse estimulo ao animal pode torná-lo mais vulnerável em relação aos predadores. “Além de diminuir sua capacidade de sobrevivência na natureza, alterar seus ciclos reprodutivos, tornando-os dependentes do alimento fornecido pelos humanos”, comentou.
A Lei nº 5.673, de 8 de junho de 2021, que dispõe sobre a Proteção à Fauna no Estado de Mato Grosso do Sul, prevê que é considerado maus-tratos “oferecer alimento sem autorização do órgão responsável a animais silvestres em vida livre, nas áreas públicas, privadas e Unidades de Conservação”. A punição é realizada por meio de uma multa.
Nota da Redação: a ANDA repudia veementemente a prática de alimentar animais silvestres. Embora possa parecer um ato benevolente à primeira vista, alimentar animais silvestres é, na verdade, prejudicial tanto para os próprios animais quanto para o ecossistema como um todo. Ao interferir no ciclo natural de alimentação desses animais, estamos potencialmente causando danos irreparáveis ao seu comportamento natural de busca por alimentos. Além disso, a alimentação artificial pode levar à dependência dos animais em relação aos seres humanos, tornando-os mais vulneráveis a predadores e competição por recursos.
Fonte:CGN
