
O Paraguai bloqueou o orçamento da Itaipu Binacional para 2024, com objetivo de pressionar o aumento da tarifa. Com isso, empregados, prestadores de serviços e fornecedores não estão recebendo o salário dos dois lados. Só no Brasil, o número de funcionários afetados chega a 70.
A informação da falta do dinheiro foi repassada pelo Sinefi (Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu) à Folha de São Paulo.
O que gerou a situação é o impasse entre diretorias e conselhos de Brasil e Paraguai sobre o preço da energia elétrica para este ano, no qual a tarifa de Itaipu é avaliada anualmente.
Sem ter uma definição, o país vizinho resolveu não dar andamento aos procedimentos que fixariam o orçamento para este ano, deixando a megausina sem fazer liberações financeiras.
Em 2023, o lado brasileiro da Itaipu anunciou o investimento de R$ 1 bilhão para projetos socioambientais para atender 399 municípios do Paraná e outros 35 de Mato Grosso do Sul.
Além disso, em dezembro do ano passado foi aprovado, em caráter provisório, a manutenção do valor do Cuse (Custo Unitário do Serviço de Eletricidade) em US$ 16 por kW para 2024.
Pelo acordo bilateral, os dois países dividem a energia meio a meio. Como os paraguaios não usam toda a sua parte, vendem para o Brasil. Com isso, distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são obrigadas a comprar essa energia.
A produção da Itaipu atingiu 320,95 mil MWh no dia 18 de dezembro do ano passado, a maior desde 3 de fevereiro de 2021.
Em 2022, a usina produziu 69,9 milhões MWh. Em 2021, 66,4 milhões MWh. Em 2020, 76,4 milhões MWh.
Fonte:CGN