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Chacina com 4 mortes interrompe “calmaria” em Ponta Porã

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Quatro homens foram executados na madrugada deste sábado (7) em Ponta Porã, cidade na fronteira com o Paraguai que neste ano contabilizava o menor número de assassinatos dos últimos 11 anos, conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública.

Até o começo da manhã o nome das vítimas não havia sido divulgado, mas testemunhas informaram que a chacina ocorreu pouco depois das quatro da madrugada e tudo indica que os pistoleiros estavam de tocaia próximo ao imóvel onde ocorreu o ataque, na Rua Nespereira, no Residencial Ponta Porã.

O indício de que ocorreu uma emboscada é que três dos corpos estavam dentro de um carro estacionado na garagem do imóvel e o outro, no interior da casa, apontando que os moradores haviam acabado de entrar no imóvel.

Vizinhos, que disseram que os moradores haviam mudado para o local fazia pouco tempo, chegaram a acionar o socorro dos bombeiros, mas todos haviam sido atingidos por vários disparos e tiveram morte imediata.

Policiais militares e civis isolaram o local ainda de madrugada e até o começo da manhã nenhum investigador haviam repassado detalhes sobre o caso.

CALMARIA

Desde o começo do ano até esta sexta-feira (6), 20 pessoas haviam sido assassinadas em Ponta Porã, o que equivale a uma morte a cada 14 dias. É a menor média desde 2013, ano em que a Sejusp começou a computar e divulgar os dados.

“Calmaria” semelhante havia ocorrido no ano passado, quando a cidade que faz fronteira com cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero havia registrado 28 assassinatos, o que equivale a uma morta a cada 13 dias.

Nestes 11 anos, o mais sangrento foi 2021, quando os dados oficiais apontaram 65 homicídios, dando uma morte a cada 5,6 dias. Parecido com isso foi 2016, ano em que ocorreu o assassinado de um dos chefões do crime organizado na fronteira, Jorge Rafat. Naquele ano, Ponta Porã foi palco de 64 assassinatos.

Os dados da Sejusp também apontam que historicamente, Ponta Porã concentra quase 10% dos assassinatos de Mato Grosso do Sul, chegando a quase 14% dos 489 regristros de 2021.

No ano passado e em 2023, porém, esta participação recuou para menos de 6%, confirmando que as quadrilhas que dominam o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando estão (ou estavam) vivendo uma espécie de trégua.

 

 

Fonte:CE

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