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Estado orienta sobre sintomas e tratamento da febre maculosa

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A SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgou nota técnica com orientações para diagnóstico e tratamento da febre maculosa, doença grave com alto índice de letalidade, transmitida pelo carrapato-estrela. O assunto entrou em evidência após a doença causar quatro mortes a partir de um foco em uma fazenda em Campinas, no Estado de São Paulo.

De acordo com pesquisas realizadas no núcleo de Sanidade Animal da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Campo Grande, a doença circula há pelo menos dez anos em Mato Grosso do Sul. Na última década, foram registrados apenas seis casos da doença na Capital. Nesse período, foram investigados 55 casos suspeitos. O último caso confirmado foi registrado em 2018.

O exame sorológico é o método mais utilizado para diagnosticar a doença. É feita a coleta da primeira amostra de soro nos primeiros dias da doença (fase aguda) e a segunda amostra de 14 a 21 dias após a primeira coleta, e encaminhadas ao LACEN-MS (Laboratório Central de Saúde Pública).

Pode-se realizar também a imuno-histoquímica, a partir de amostras de tecidos obtidas em biopsia de lesões de pele de pacientes infectados, em especial os graves, ou em material de necrópsia, como fragmentos de pulmão, fígado, baço, coração, músculos e cérebro.

A doença, apesar da alta letalidade, possui tratamento, e quanto antes diagnosticada e tratada melhores são as chances de cura. O tratamento é feito através de antimicrobianos, substância responsável por inibir o desenvolvimento de bactérias, fungos, vírus ou protozoários no organismo. A Doxiciclina é o remédio utilizado em todos os casos suspeitos da doença.

Caso apresente os sintomas da doença, é de extrema importância que o paciente procure uma unidade de saúde. No momento do atendimento, é orientado que o paciente informe ao médico se esteve ou não em locais de exposição à doença. O fornecimento do medicamento para o tratamento ocorre mediante prescrição médica e da ficha de notificação da suspeita ou confirmação da doença.

Sintomas – Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, erupção cutânea e dores no corpo. Caso os sintomas se manifestem após exposição em áreas de risco, recomenda-se buscar atendimento médico imediato e informar que houve a exposição.

Prevenção – A CVS (Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica) de Campo Grande recomenda evitar o contato direto com os carrapatos, usar roupas adequadas, aplicar repelentes e realizar uma inspeção minuciosa no corpo após a exposição a esses ambientes. Na cidade, elas são muito frequentes no Parque das Nações Indígenas, na região do Lago do Amor e no campus da UFMS.

Suspeita de contágio em MS – Na segunda-feira (19), a Sesau informou que investiga um caso suspeito de febre maculosa em Campo Grande. A vítima é um bebê, de 1 ano de idade, que está internado em um hospital particular da Capital.

De acordo com as informações repassadas pela secretaria, a criança teria ido para Guia Lopes da Laguna, município que fica a 220 km da Capital. Lá, ela teria tido contato com animais domésticos, tanto na área urbana quanto na área rural.

De acordo com a secretaria, a região de Guia Lopes da Laguna não tem registros de febre maculosa. Amostras de sangue do bebê serão enviadas para análise laboratorial no Estado de São Paulo. A doença não será confirmada ou descartada pela secretaria enquanto os resultados não saírem.

 

Fonte:SES

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