CidadeNotícias

‘Noite Pantaneira’ no Espaço Jack, em Bonito, valoriza a cultura regional

Compartilhar:

Há oito anos o Restaurante Espaço Jack, em Bonito, mantém uma tradição que atrai turistas não só pelo sabor do tempero da proprietária do lugar, a empresária Jacqueline Batilani, mas o envolvimento com a cultura regional, os saberes adquiridos pelos peões, a música caipira interpretada pela dupla contratada e o clima alegre e divertido que leva o cliente a dançar no salão.

O evento chama-se Noite Pantaneira, um dos produtos oferecidos pelo restaurante, que fica no centro da cidade, destinado a grupos de visitantes, confraternizações e encontros de empresas. Uma experiência para ficar marcada na mente e no paladar, como diz dona Jack, filha de mãe francesa e pai paulista filho de italianos e nascida em Bela Vista, fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

O ponto alto dessa vivência de sabores e cultura está no desfrutar (e degustar) da famosa costela de chão, assada por 12 horas pelo marido de Jack, seu José Luiz Loureiro, 65 anos, também fronteiriço. O grande segredo para um costelão ser assado nesse sistema é o tempo, ensina ele, “com o calor da brasa e do fogo”. A carne se solta dos ossos e desmancha na boca.

Reservas

A Noite Pantaneira muda a rotina do espaço, com decoração especial e a presença do sanfoneiro Gauchinho e o violeiro Eurico. A comida é servida em self-service, colocada na mesa em panelas de ferro, bem ao gosto pantaneiro: carreteiro, farofa com banana da terra, mandioca cozida, macarrão de comitiva, outra carne (frango ou porco), com saladas. Depois, vem os doces caseiros (cachorrada, rapadura, mamão ralado, abóbora…).

O projeto gastronômico-cultural nasceu antes do restaurante e impulsionou os negócios da família na Capital do Ecoturismo. Um guia do Sesc conheceu o evento, propagou-o lá fora e hoje o Brasil quer participar. As reservas (feitas diretamente com o restaurante) vem de todos os lugares, segundo dona Jack, e um grupo já agendou o espaço para janeiro de 2024.

“No início foi meio improvisado, mas abriu as portas. Eu gosto muito de cozinhar, isso vem de berço, e dessa coisa rustica, que criei aqui no restaurante, com muito espaço aberto e plantas, e o Luís ama assar carne. Então, deu tudo certo, fomos nos adaptando, acreditando no trabalho e na boa aceitação dos nossos produtos”, afirma a proprietária, 58 anos.

Recorde

Quando os visitantes chegam o costelão já exala o bom tempero, chamando a atenção do cliente, que desce até o local do fogo no chão, faz sua self com chapéu de palha e roupa de peão (higienizada) à disposição nos cabides, ao lado. O sanfoneiro abre o fole e a boa música ecoa pelo salão no toque do berrante, onde os casais já se animam a dançar e a cantar o velho cancioneiro – e a festa segue por mais de duas horas.

Este ano, dois eventos realizados em Bonito – um congresso sobre meio ambiente do Ministério Público e um encontro do Tribunal de Justiça do Estado – bateram recorde de participantes: 120 pessoas, capacidade máxima do restaurante. Agora, Jacqueline Batilani quer inovar o negócio e processar as reservas da Noite Pantaneira por meio das agências de turismo locais.

Fonte: Rota Pantanal Bonito:

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo