![](https://bonitonet.com.br/wp-content/uploads/2023/03/whatsapp-image-2023-03-14-at-16.22.28-780x470.webp)
Em mais um dia de trabalho no Pantanal de Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Guilherme Giovani registrou uma sequência de fotos impressionantes de um cachorro tentando caçar uma iguana, em Porto Esperança, distrito de Corumbá. Apesar da dura batalha, a iguana conseguiu escapar e fugir pelo rio.
![](https://bonitonet.com.br/wp-content/uploads/2023/03/1678911254556978.webp)
“O cachorro estava próximo a um pequeno corixo e me chamou atenção o barulho de algo se mexendo na mata, direcionei a câmera e vi o cão surgindo com a iguana na sua boca, ela se soltou mas ele conseguiu em uma ocasião pega lá novamente, mas ela conseguiu fugir e se jogou na água, nadando para longe”, conta Guilherme para reportagem.
As imagens foram feitas na sexta-feira (10) e o fotógrafo comenta que o cão ainda tentou recapturar a iguana, mas sem sucesso. “A reação dele foi de perseguir, mas elas são muito rápidas e exímias nadadoras, era praticamente impossível ele recapturar, apesar de ter ficado um tempo farejando o local e depois se retirou calmamente”.
![](https://bonitonet.com.br/wp-content/uploads/2023/03/whatsapp-image-2023-03-14-at-16.22.29.webp)
No início da pandemia de Covid-19, Guilherme, que então era educador físico, decidiu largar a profissão para se tornar fotógrafo. Porém, tendo Corumbá como cidade natal, já fazia registros da “vida real” dos pássaros que têm o Pantanal como morada ou daqueles que passam pelo local em processo migratório.
Acostumado a observar a vida da fauna pantaneira, Guilherme comenta que percebe que os cães que vivem no bioma estão habituados a caçar ou interagir com a fauna nativa. Ele, ao contrário, faz os registros sem interferir na cena.
“Meu trabalho é registrar tudo com o máximo de cuidado e jamais interferir na cena fotografada, por mais forte que seja. Vejo esses registros como uma forma de mostrar às pessoas a dinâmica de vida no Pantanal, assim como estimular a preservação das espécies, estar próximo a essa biodiversidade e passar a mensagem de conscientização é uma imensa satisfação pra mim”, conta.
Especialista alerta
O mestre em Ciências Ambientais, Diego Viana explica que apesar de ser comum por moradores do Pantanal, a presença de cães e gatos domésticos na região pantaneira representa um risco para a fauna local.
“Quando a gente pensa em cachorro e gato doméstico que vão para áreas rurais, a gente sempre tem que destacar que as duas espécies não são silvestres, não são nativas do Pantanal. Apesar de ter no Cerrado, por exemplo, o lobo-guará, ter os outros gatos pequenos silvestres também, mas esses animais domésticos, o cão e o gato. Eles causam um impacto muito grande na fauna local, isso com vários estudos científicos que comprovaram isso”, destaca Viana.
O especialista aponta ainda que em unidades de conservação é recomendado não ter animais domésticos. “Porque eles são caçadores, então eles predam tudo o que eles veem. Nesse sentido é um impacto esses cachorros e gatos estarem em áreas rurais, principalmente pensando aí na beira do rio”, explica.
Fonte:G1ms