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Paulo Simões faz 70 anos e sua história se funde com a de Mato Grosso do Sul

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Artista e compositor talentoso; uma pessoa dedicada à sua arte. Com sua música “Trem do Pantanal”, conquistou o coração do público e se tornou um símbolo da cultura sul-mato-grossense. Sua carreira é um testemunho da paixão e do talento que ele dedicou por toda sua vida a à música.

Ninguém questiona o talento e a genialidade de Paulo Simões, artista sul-mato-grossense, que completa 70 anos, no dia 12/02.  Desde muito jovem já compunha suas próprias canções e tocava em bares e eventos locais. Foi no início da década de 1970, que junto com o amigo Geraldo Roca compôs a canção “Trem do Pantanal”, popularizada e eternizada na voz de Almir Sater.

Carioca de nascimento e sul-mato-grossense de alma e coração, colocou paixão na música de letra e melodias cativante, a canção rapidamente conquistou o coração do público e se tornou um verdadeiro hino para o estado de Mato Grosso do Sul.

Desde então, Paulo Simões é convidado para se apresentar em shows e programas de televisão em todo o país, e suas músicas são backgrounds apreciadas por pessoas de todas as idades.

Reconhecido por ser uma pessoa dedicada e apaixonada por sua arte; passa horas compondo e ensaiando; seu esforço e recompensado com a produção trabalhos de alta qualidade. Sua paixão e seu talento único são evidentes em cada acorde que toca e em cada letra que ele escreve.

Ao longo de sua carreira, Simões foi laureado com diversos prêmios e reconhecimento por sua contribuição à música brasileira; o compositor foi indicado ao Grammy Latino em 2017 pela música “D de Destino”, na categoria Melhor Música em Língua Portuguesa, feito que eleva sua música e sua história mundo afora.

Paulo Simões teve composições gravadas por grandes intérpretes como Sérgio Reis, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó (“Lobo da Estrada”), Sandy & Júnior, Diana Pequeno, Tarancon, Maria Bethânia, Michel Teló (“Vida Bela Vida”), Zezé Di Camargo & Luciano (“A Saudade é uma Estrada Longa”), entre outros, além do parceiro Almir Sater que contribuiu para tornar suas canções conhecidas nacionalmente.

Ao falar de sua trajetória, o cantor faz questão de  ser parte de um todo, ” Na verdade, considero majestosa não a minha trajetória, mas sim a música popular, rural e urbana, que surgiu nestes rincões fronteiriços, desde a existência do antigo Mato Grosso. Pelo trânsito de diferentes correntes desbravadoras, e depois colonizadoras, formadas por bandeirantes mineiros e paulistas, que aqui encontraram não só populações indígenas de diversas etnias, bem como grupos originários de nossos países vizinhos, como Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina, nossa produção musical sempre foi intensa, mas principalmente multifacetada. Não podemos nos esquecer também da influência europeia, trazida por professores de música, instrumentistas e maestros de várias nacionalidades do Velho Continente. Mais recentemente, tivemos uma grande influência de gaúchos, que ajudaram a popularizar ritmos como o vaneirão. Somemos a tudo isso a penetração de música internacional, através dos meios de comunicação, em que o rádio teve papel pioneiro, logo seguido pela cinema e televisão, e agora pela internet. Mas no que me diz respeito, além de ter sido exposto a todas essas informações, tive ainda o privilégio de encontrar, desde os meus primeiros experimentos musicais, uma série de talentos excepcionais que me descortinaram caminhos, e me deram a honra de criarmos juntos uma linguagem diferenciada. Começando pela família Espíndola, com o Geraldo sendo meu primeiro parceiro, e com quem formei minha primeira banda, Os Bizarros, tendo ainda a participação de Maurício Barros. Em seguida, tive contato com a musicalidade de Celito, Tetê e Alzira, com quem toquei e troquei preciosas informações. Nesta época fui apresentado ao Geraldo Roca, carioca como eu, mas profundamente sintonizado com a nossa sonoridade fronteiriça. E continuei colecionando parcerias preciosas, como com Guilherme Rondon e Dino Rocha, que integram comigo e Celito o grupo Chalana de Prata, ou com o cuiabano João Ormond, com quem desenvolvo um trabalho de reaproximação musical entre os dois estados originados pela divisão do Mato Grosso uno. Poderia continuar citando outras colaborações importantes, algumas ainda em formação, pois sempre procurei manter acessos desimpedidos com as novas gerações. A lembrar, ainda, a forte influência que recebi na infância, da dupla Delio e Delinha, manifestada em muitas de minhas canções”.

Texto e Foto: Rodrigo Ostemberg

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