Sabia que além de ser o condimento mais consumido do mundo a pimenta do reino também faz parte da composição da indústria farmacêutica, de cosméticos e até defensivos agrícolas? A versatilidade vai além, os grãos são utilizados como temperos, mas também como conservantes, para preservar carnes, por exemplo. O cultivo da pimenta do reino é tema de curso do Senar Mato Grosso do Sul e da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (25).
De origem indiana e com boa aceitação nos países da América do Sul, a planta de característica tropical tem boa adaptação ao clima quente e úmido, mas alguns cuidados com o manejo podem ser decisivos para o desenvolvimento da pimenta.
O primeiro passo é preparar o solo. “Fazer a análise é imprescindível para determinar a necessidade de correção da acidez e a quantidade de adubo. O uso de matéria orgânica no preparo como estercos de animais, cama de aviários, vegetais e compostagens auxiliam no fornecimento de nutrientes para a trepadeira”, explica o instrutor do Senar/MS, Carlos Crestani.
Quando bem cuidada e dependendo de cada região do país, a pimenteira pode gerar frutos duas vezes ao ano, a primeira entre março e abril e a segunda entre outubro e novembro. O pico de produtividade costuma acontecer a partir do terceiro ano de cultivo.
As pragas mais comuns são os besouros que atacam diferentes partes como frutos, flores, ramos e folhas maduras da planta, assim como os pulgões, ácaros, moscas brancas, formigas e cupins e doenças fúngicas que causam o amarelamento e murcham a planta. “Para evitar é preciso bons tratos culturais como a pulverização com fungicidas e inseticidas conforme orientações técnicas”, acrescenta.
O preço médio do quilo da pimenta do reino pode oscilar entre R$ 50 e R$ 70 e cada planta pode produzir de 6 a 8 quilos por colheita.
Escala Scoville
A escala de Scoville foi criada por um norte americano para medir a quantidade de substância que causa o ardor encontrado em diferentes pimentas. A pimenta do reino tem grau de ardência 1, considerado suave para os fãs da especiaria.
Capacitação
O curso é totalmente gratuito e tem carga horária de 16 horas. A programação traz orientações do preparo do solo, armazenamento e aproveitamento e tecnologias aplicadas ao cultivo da pimenta. Interessados devem procurar pelo sindicato rural do seu município.
Fonte:EFQ