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O mundo chegou a 8 bilhões de habitantes, mas em MS a natalidade diminuiu 17%

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No dia em que o mundo completou o marco histórico de 8 bilhões de habitantes, nesta semana, Mato Grosso do Sul contabiliza uma taxa de natalidade 17% menor que a observada no ano anterior. Até o momento, 35.800 registros foram emitidos no Estado, contra 43.430 em 2021. A diminuição segue a tendência nacional. Em 2021 foram registrados 2.665.913 crianças, já este ano, até o momento, o país conta com 2.224.422 registros emitidos, diminuição de 16% na taxa de natalidade.

Na capital de Mato Grosso do Sul, o número também diminui expressivamente. Em 2021 foram 14.095 nascidos, já em 2022 são 12.145, taxa 13% menor. Os dados são do Portal de Transparência do Registro Civil e do relatório World Population Prospects 2022, realizado pela ONU(Organização das Nações Unidas).

O presidente da Anoreg (Associação dos Notários e Registradores) e Tabelião em Maracaju,Leandro Corrêa, disse à reportagem que os números são absolutamente fidedignos, visto que o Brasil possui baixíssimas taxas de subregistros, ou seja, bebês que não foram registrados no prazo legal previsto.

“Hoje há unidades interligadas nas maternidades, atendendo aos pais no ato de registro de nascimento. A gratuidade universal deste ato traz isonomia de acesso ao serviço, essencial na garantia de cidadania de todos que nascem em nosso país”, disse.

Subregistros – De acordo com o  IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), apesar da estatísticas imprecisas, estima-se que, das mais de 2,8 milhões de crianças no Brasil que nasceram em 2019, pelo menos 60 mil não receberam certidão de nascimento nos primeiros 15 meses de vida, ou seja, taxa de 2,1%.

Para o tabelião, a diminuição dos nascimentos são uma tendência social e cultural. “Acredito ser uma tendência social e cultural. Nas grandes cidades é nítida a formação de famílias sem filhos ou com poucos descendentes. Pessoas buscando a independência financeira antes da formação de núcleos familiares, diferente dos anos 80/90”, finalizou.

Opção- Gabriela Bandi Longo, de 26 anos, faz parte das mulheres que não desejam ter filhos. Ela relatou ao Campo Grande News o porquê da decisão. “Não quero ter filhos porque não me vejo tendo capacidade para criar, educar e dedicar minha vida a outro ser. Acho que querer ter filho significa abrir mão de muitas coisas que você deseja em prol de uma vontade maior, nesse caso uma criança, e eu nunca tive esse sonho”, pontuou.

Além da questão não ser um tabu para ela, a publicitária destacou que a questão financeira também é um dos fatores que colaboram com a vontade em não deixar herdeiros. “Agora que as mulheres têm mais autonomia para decidir ou não ter um filho, acredito que pesem mais na balança os prós e os contras, e quando você não tem uma condição financeira para sustentar a si mesmo com uma certa tranquilidade, imagina mais uma pessoa nessa conta”, frisou.

Para Gabriela, a decisão das mulheres em não terem filhos é reflexo da liberdade e autonomia do sexo feminino e ao acesso e conhecimento sobre os métodos contraceptivos.

“Em parte dessa autonomia das mulheres, que apesar de ainda serem pressionadas a formar família, hoje têm mais liberdade de “escolha”. Em outro aspecto a questão de contraceptivos que estão cada vez mais desenvolvidos e também mais divulgados. E acho que essa é uma tendência, acredito que as taxas vão seguir caindo, até que a gente chegue em um ponto que de fato só terão filhos aqueles que querem ter filhos, tirando a pressão social e o não conhecimento dos meios de prevenção, por exemplo, e aí as taxas devem estabilizar”, finalizou.

Mundo – A China segue no topo do ranking dos países mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes. Entretanto, especialistas afirmam que a Índia, segundo país na lista, deva ultrapassar a marca em 2023. O país tem 1,3 bilhões de habitantes. Conforme a ONU, nos próximos anos os países com maior crescimento populacional serão: Egito, Etiópia, Filipinas, Índia, Nigéria, Paquistão, RD Congo e Tanzânia.

 

Fonte:CGN

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