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Disparidade em pesquisas é destaque na campanha eleitoral de 2022

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As pesquisas eleitorais realizadas em Mato Grosso do Sul têm apresentado resultados muito controversos não só descredibilizando, como também, influenciando e confundindo os eleitores. A maioria das pesquisas teve a divulgação suspensa pela Justiça Eleitoral.

Outro dado novo é que até 2018, a estratégia dos juízes eleitorais era proibir a divulgação das pesquisas eleitorais. No entanto, neste ano ele passaram a suspender as pesquisas após a divulgação e a repercussão. Para especialistas do direito, a legislação é permissiva com institutos ao garantir 24 horas, permitindo que pesquisas fraudulentas sejam divulgadas por este período.

O único dado que foi unanimidade entre as pesquisas é o candidato que está em primeiro lugar, sobre o segundo lugar cada pesquisa publicada coloca um candidato, o que demonstra que, ou as pesquisas são compradas ou porque o número de pessoas pesquisadas não reflete a maioria da população. A incoerência nos números apresentados por cada pesquisa está causando um desserviço, já que ninguém mais confia nos números apresentados.  Já foram suspensas as pesquisas Datamax, Instituto Ranking Brasil, Percent Brasil, Ipec/TV Morena e do Instituto Veritá, Ipems, entre outras.

Não é de hoje que as pesquisas vêm errando feio nos resultados, podemos citar vários exemplos. Em 2018, as pesquisas apontavam que o candidato (na época), Jair Bolsonaro perderia já no primeiro turno para o segundo colocado, mas o que aconteceu foi o inverso, Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil. Com o candidato a deputado estadual por Mato Grosso do Sul Capitão Contar foi ainda mais controverso, pois Contar foi aparecer somente nas últimas pesquisas e nos últimos lugares, sendo eleito como o deputado mais votado da história de Mato Grosso do Sul e o quarto do país. Também em 2018, a ex-presidente Dilma Rousseff, apontada pelas pesquisas eleitorais como líder na disputa para o senado em Minas Gerais, ficou em quarto lugar, com 15,21% dos votos.

Segundo o Drº Pedro Castilho, esse cenário de incertezas nas pesquisas eleitorais reflete a necessidade de atualização da legislação eleitoral.

“A legislação, infelizmente, precisa ser atualizada, no formato atual a lei permite que as pesquisas fraudulentas sejam divulgadas anteriormente à apresentação de documentos que permitam o controle de legalidade de lisura do resultado. Mesmo com decisões judiciais contrárias, a pesquisa acaba sendo veiculada e não dá para controlar totalmente a internet. O certo seria os institutos apresentarem os dados antes de poderem divulgar. Mas a legislação permite a divulgação anterior à apresentação dos dados. Portanto, quando a pesquisa cai o estrago já está feito”.

Fonte: AsseCom

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