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“Ainda não parei para pensar por que estou sendo homenageado”, diz João Roza na sua simplicidade que cativa a todos. “Agora, quanto ao Joãozinho, tem tudo a ver. Ele é a cara do festival, se envolveu de uma forma impressionante desde a 14ª edição, ganhou crachá para subir aos palcos e circular pelos camarins, se tornou conhecido em todo lugar. Isso é inclusão social, o festival ajudou muito ele a encontrar seu espaço na comunidade”, fala, emocionado.
Novo modo de vida
A Casa do João, um dos mais badalados restaurantes da cidade, é o reino encantado de Joãozinho – João Antônio Caran Vizcaino -, o filho mais novo do empresário. Ele é a estrela do espaço gastronômico e querido por todos os frequentadores e ganhou um armazém que leva também seu nome, na antiga casa da família, onde funciona um pequeno museu, uma loja de artesanatos e espaço kids. No mural do restaurante, ele aparece ao lado de artistas nacionais.
A mudança radical da família dos homenageados para Bonito foi uma grande guinada. João, o pai, não conhecia a cidade, conheceu e se encantou. “Cara, descobri que ainda existia uma sociedade alternativa”, conta. Depois de alguns percalços financeiros, o empresário decidiu apostar na gastronomia (foi dono de restaurante em São Paulo) e se instalou num lugar muito especial, cercado de muito verde – ambiente que compõe o rústico da Casa do João.
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“Deixamos um legado”
Envolvido sempre em projetos desafiadores e emergentes, passando pela cultura, esportes, turismo, hotelaria, gastronomia e agora comunicação, Afonso Rodrigues Junior se formou na engenharia mecânica automobilística, em São Paulo, mas o retorno a Dourados, em 1982, foi transformador na sua vida. No ano seguinte, produziu o show do colega de escola Almir Sater na cidade, pegou gosto e passou a organizar grandes eventos, de música e cinefilia a vernissage.
Em 2000, quando nasceu o FIB, ele lembra que a proposta era integrar a arte e a natureza em Bonito, como incremento ao destino turístico como ocorre com os festivais de música, cinema e teatro de Gramado, Ibitipoca e Campos do Jordão. “Acho que deixamos um legado para a cidade e para o Estado”, afirma o criador do Bonito Blues & Jazz, em 2013. “A homenagem nos deixa bastante gratificado, é o reconhecimento pelas ações que desenvolvemos em prol da cultura.”
Fonte: por Silvio Andrade