.gif)
A integração alfandegária, facilitando o trânsito de mercadorias dentro da Rota Bioceânica foi defendida hoje (10) pelo cônsul geral da Argentina em São Paulo, embaixador Luís Maria Kreckler durante visita ao Mato Grosso do Sul. O cônsul esteve reunido na tarde desta terça-feira com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, e com o secretário de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck. Em pauta a integração logística entre o Estado e a Argentina, em questões como a relicitação da Malha Oeste, escoamento de produtos pela hidrovia e o Corredor Bioceânico.
O embaixador ressaltou a importância da integração logística. “Isso já é uma realidade principalmente na navegação da hidrovia onde estamos avançando. Agora vamos debater no final do mês em seminário os demais setores da logística que podem promover a melhora do intercâmbio entre os países”, sinalizou.
Ele lembrou que a Argentina e o Mato Grosso do Sul tem trabalhado em conjunto nestas questões. “Vou participar amanhã de encontro na Assembleia Legislativa para acertar os pontos de um seminário de Integração que vamos realizar no final deste mês”, salientou. Um dos objetivos do seminário é debater a ligação ferroviária saindo pelo Paraguai, Argentina e chegando até o Chile. Ele lembrou que a Argentina tem uma forte conexão ferroviária nesta região por onde a Rota vai passar.
O cônsul destacou que a Argentina tem relações bilaterais de comércio fortes com o Estado. “Temos a navegação do minério de ferro que vai pra Argentina pela hidrovia vai para a Ásia. Este produto vai pela hidrovia e sai pelo Rio da Plata. Por isso a hidrovia é fundamental, além do comércio bilateral. Vamos ainda debater futuras coisas complementares como a integração pela rodovia, ferrovia e conexão bioceânica”, ressaltou.
Transamericana
Diante do interesse do cônsul da Argentina nas ferrovias, o secretário apresentou o projeto da ferrovia Transamericana. “A ferrovia mudaria o patamar de competividade do Mato Grosso do Sul e toda a região norte da Argentina. Mudaria a configuração de geopolítica comercial. Por isso queremos integrar a Rota Bioceânica, fazendo a integração alfandegária”, adiantou Verruck.
A criação de um Centro Alfandegário Integrado também foi defendido pelo embaixador. “Isso tem que ver, a integração iria facilitar o comério de Mato Grosso do Sul, Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Para que a Rota funcione precisamos ter alfândega compartilhada”, finalizou.
O secretário falou sobre a relicitação da Malha Oeste que deverá ocorrer ainda neste ano e também da Nova Ferroeste que vai ligar Maracaju ao porto de Paranaguá. Durante o encontro o secretário ainda detalhou os avanços do Corredor Bioceânico como o início da construção da ponte Bioceânica e importância da Rota também para a Argentina. Também participaram da reunião o assessor de logística Lúcia Lagemann e a coordenadora de Relações Exteriores, Thais Guimarães.
Fonte: Semagro
