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ONG bancada por Prefeitura de Bonito usa veículo irregularmente

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Denúncia de que o carro da ONG Instituto Mirim Ambiental – bancada pela Prefeitura de Bonito -, estaria sendo usada para fins particulares pela Ana Lucia Godoy Espíndola, esposa do coordenador do projeto tenente Francisco Solano Espíndola, foi enviada ao TopMídiaNews.

Uma moradora do município localizado a 300 km de Campo Grande, e que preferiu não se identificar por medo de represálias indica que flagrou o momento em que supsotamente Ana estaciona o carro do Instituto em frente Funlec para buscar a filha. O registro em imagens foi feito em 6 de abril por volta das 12h.

“É uma situação corriqueira e me deixou muito indignada. Sou contribuinte de meus impostos, e são muitos para variar, porém estou muito chateada. Percebi esse carro do Instituto Mirim Ambiental de Bonito a qual recebe valores mensais da prefeitura de Bonito aproximadamente R$ 6000,00 sendo usado para fins particulares”, diz a denunciante.

A munícipe acusa a esposa do coordenador da ONG de usar o carro para buscar a filha diariamente no colégio particular.

“A mulher do presidente do Instituto usa o carro da entidade filantrópica para buscar filhos no colégio. Isso me causa repulsa, pois meu dinheirinho suado, pra pagar impostos vai para esse lugar também.”

Vídeos também foram registrados apontando o ocorrido, que pode até não ser ilegal, mas no mínimo é imoral.

O que diz a Prefeitura de Bonito?

O caso foi enviado a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Bonito, e até o fechamento do texto não houve resposta.

O que diz o Instituto?

O coordenador do projeto, Francisco Solano Espíndola, negou que o carro seja usado para buscar os filhos na escola, ou quaisquer outros itens que sejam pessoais.

“A minha filha vai de bicicleta a escola, se quiser eu mando até foto. O carro é do Instituto. A minha esposa é a coordenadora do Instituto e ela passa no mercado, ou na padaria para fazer a compra do lanche diariamente. Nós fazemos visitas nas escolas para fazermos acompanhamento dos nossos alunos em escolas. São horários diferentes, e eu não posso dizer que horário eles foram. Além disso, temos problemas de alunos, que não conseguem ir a escola e, que não tem transporte, e esse veículo é disponibilizado para isso. Para mim questionar o que essa pessoa está falando é difícil. O Instituto tem 20% dos alunos que não são carentes, ou seja temos alunos que não de escolas particulares.”

Conforme o coordenador, o carro é doação do Tribunal de Justiça de MS. E o dinheiro da prefeitura é um convênio para alimentação, pagamento de funcionários, manutenção do prédio cedido pela Seleta e pagamentos de água luz.

Sobre salário da esposa, ele afirma que ela é voluntária e não ganha nada pelos serviços. Sobre os rendimentos de 2020 encontrados no Portal da Transparência da Prefeitura de Bonito, Espíndola, afirma que o salário era correspondente ao contrato de professora de Ana, e que este não fora renovado.

“A minha esposa é coordenadora do Instituto, mas ela é voluntária. Não recebe porque é minha esposa.  Ela já foi funcionária da prefeitura, era contratada. Mas ela não conseguiu mais porque a prefeitura não consegue ceder. “Ela nunca foi remunerada pelo instituto.”

Espíndola encaminhou o documento de doação do carro pelo TJMS. Veja abaixo.

Já a prefeitura de Bonito informou, em nota, que tem convênio com o Instituto Mirim, com repasse de verba anual e o extrato é publicado em Diário Oficial. No entanto, o “município não é responsável por fiscalizar os gastos da instituição e nem como o Instituto faz o controle de seus equipamentos e veículos”.

“Não temos conhecimento sobre o fato mencionado e orientamos que solicitem informações diretamente a eles. E em relação a Ana Lúcia Godoy ser funcionária pública, a informação não procede. Ela já atuou no município como professora contratada em período temporário, mas seu último contrato terminou em julho de 2020”, finaliza.

Fonte: TM

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