InteressesNotícias

Desemprego cai para 11,2% e atinge 12 milhões de pessoas no país

Compartilhar:

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2022. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados são os menores para o período, desde 2016 (9,6%).

Os dados feitos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) foram divulgados nesta sexta-feira (18).

No trimestre encerrado em janeiro de 2021, a taxa era de 14,5%. De acordo com o IBGE, a taxa observada no trimestre encerrado em janeiro de 2022 ficou abaixo da observada no trimestre encerrado em outubro de 2021 (12,1%).

A população desocupada ficou em 12 milhões de pessoas, 6,6% abaixo do trimestre anterior (menos 858 mil pessoas) e 18,3% abaixo do trimestre encerrado em janeiro de 2021 (menos 2,7 milhões de pessoas).

Entretanto, a população ocupada no país tem chegado a 95,4 milhões, alta de 1,6% em relação a outubro (mais 1,5 milhão de pessoas) e de 9,4% ante janeiro de 2021 (mais 8,2 milhões).

Em vista que o nível da ocupação, que é o percentual das pessoas ocupadas na população Brasileira com idade para trabalhar, ficou estimado aproximadamente em 55,3%. O resultado é 0,7 ponto porcentual acima dos registrados no trimestre anterior (54,6%) e 4,3 pontos percentuais acima que no mesmo período de 2021 (51,1%).

Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o setor de comércio influenciou positivamente o resultado. “A população ocupada no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas já supera a registrada no período pré-pandemia”, afirma ela.

Emprego formal

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 34,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. A alta, de 2% contra o período anterior, representa mais 681 mil pessoas com empregos formais.

Diante do resultado, Adriana avalia que janeiro manteve a tendência de retomada dos empregos celetistas dos últimos meses. “O resultado neste índice é relevante e demonstra a repetição do movimento de expansão verificado no segundo semestre do ano passado”, afirma a pesquisadora.

Ela recorda que, no trimestre encerrado em outubro, a alta do número de trabalhadores com carteira assinada foi de 4,1%, enquanto a taxa de julho mostrou alta de 3,1%. Entre as atividades, destacou-se o crescimento da carteira de trabalho no trimestre atual no comércio e na indústria.

Salários

Assim como a taxa de desocupação, o rendimento real habitual voltou a cair e agora figura em R$ 2.489, remuneração média 1,1% menor em relação ao trimestre encerrado em outubro e uma queda ainda maior, de 9,7%, em comparação ao mesmo trimestre de 2021.

De acordo com o levantamento, nenhuma categoria apresentou alta no rendimento no período. Na indústria, houve queda de 4,1%, ou menos R$ 102, mesmo com alta na ocupação com empregos com carteira assinada.

Também houve diminuição nas remunerações médias pagas pelo setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. A queda de 2,1% equivale a um salário médio R$ 76 inferior pago aos trabalhadores do setor.

“A retração dos rendimentos, que costuma ser associada ao trabalhador informal, esteve disseminada para outras formas de inserção e não apenas às relacionadas à informalidade”, explica Adriana Beringuy. “Embora haja expansão da ocupação e mais pessoas trabalhando, isso não está se revertendo em crescimento do rendimento dos trabalhadores”, completa ela.

 

Fonte:EnfoqueMS

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo