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Contador que simulou morte para fugir da polícia é condenado a 6 anos de prisão

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O contador Tércio Moacir Brandino, 60 anos, que simulou a própria morte para fugir da polícia, foi condenado a seis anos, oito meses e 26 dias de prisão em regime fechado por ajudar organização criminosa a dar o golpe na compra e aluguel de máquinas pesadas. A sentença publicada na terça-feira (15) foi assinada pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa.

Segundo os policiais ouvidos na audiência de instrução e julgamento, a atuação de Tércio consistia em síntese no cadastramento da empresa na junta comercial, utilizando documentos falsificados ou até nomes de pessoas que haviam falecido. Ele também fazia modificações no contrato da empresa, utilizando nomes de laranjas. Interrogado em juízo, o contador negou os crimes. Da quadrilha de estelionatários, Tércio foi o último a ser julgado.

Conforme as provas colhidas, o acusado foi essencial para que o grupo criminoso conseguisse realizar os crimes de estelionato. “Já que com a sua habilidade de contador e experiência nestes tipos específicos de delito (estelionato e falsificação de documentos), atuou para que a empresa de “fachada”, tivesse o seu CNPJ legalmente cadastrado. Diante disso, as empresas vítimas quando eram visitadas pelos criminosos, durante a execução dos delitos, faziam a devida conferência e diante da aparência legal concediam créditos ou produtos, todavia não recebiam os valores devidos”, destacou o juiz.

Todos os golpes realizados pela quadrilha foram em um curto espaço de tempo. Tércio foi preso no dia 6 de abril do ano passado na sua casa, na Vila Aimoré, em Campo Grande. De acordo com o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), o contador “se especializou e se dedicava à criação de empresas de fachada, mediante emprego de falsidades documentais diversas, para lastrear os recursos monetários auferidos com as atividades criminosas”.

O contador foi alvo de ao menos 5 operações policiais em Mato Grosso do Sul, incluindo a Lama Asfáltica. Em 2017, o contador  deixou a prisão pela porta da frente, após conseguir alvará de soltura em um dos processos que responde, mesmo não podendo ser liberado por, na época, ainda ter dois mandados de prisão válidos.

O contador também tem passagens por tentar enganar as autoridades simulando a própria morte. Ele utilizou seus dados em substituição ao nome de paciente que morreu no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian. A fraude foi descoberta por meio do confronto das digitais. Ele mudava constantemente de endereço e usava nomes falsos.

Fonte:CGN

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