Nesta quinta-feira (16), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu que crianças de cinco a 11 anos serão incluídas na bula da vacina da Pfizer contra a covid-19. O órgão entendeu que por não haver relato de eventos adversos preocupantes, em estudos clínicos do imunizante nesta faixa etária, elas podem ser vacinadas.
No entanto, vale ressaltar que a imunização deste público ainda não tem previsão de acontecer. Isto porque o Ministério da Saúde não reservou doses a esses indivíduos, até o momento. Após a definição federal, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e as secretarias municipais de Saúde, em Mato Grosso do Sul, definirão os próximos passos.
Atualmente, a Anvisa permite a vacinação com doses de Pfizer a crianças e adolescentes que tenham de 12 a 17 anos. No Estado, a imunização desse grupo já chegou a mais que a metade dos indivíduos.
O Instituto Butantan, fabricante da vacina Coronavac, chegou a protocolar um novo pedido de liberação desta patente vacinal ao público infantil, mas segue sem uma definição.
O chefe da GGMED (Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos) da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou em apresentação que as reações que envolvem chance de análise representam 0,007% dos casos.
“Não há relato de nenhum evento adverso sério, de preocupação, não há relato relacionado a casos muito graves ou mortalidade por conta da vacinação comparado com placebo. Esse perfil de segurança é importante e a agente sabe que essa é uma das maiores preocupações na hora de extrapolar uma vacina para a população pediátrica”.
Não houve votação, já que o imunizante tem registro de uso definitivo no Brasil, diferente de vacinas em que a utilização se configura como emergencial. Desta forma, a Anvisa acata a decisão da área técnical, que preconiza o uso.
Fonte:CGN