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Para quem mora em barraco, gostar de frio não é opção

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Nem tudo é bonito na cidade conhecida mundialmente por suas belezas naturais. Alguns bonitenses enfrentam grandes dificuldades e os obstáculos são ainda maiores em dias de baixas temperaturas, como tem acontecido nesta semana.

Acostumado ao clima quente, o bonitense se divide quando chegam os poucos dias frios do ano. Parte odeia. Outra parte ama. Para quem tem abrigo adequado, a polêmica fica no “gosto/não gosto”, mas para quem vive de forma improvisada, quando a temperatura cai, é hora de preocupação e de se virar da forma que dá para se proteger.

Em uma região localizada próximo ao lixão de Bonito, várias famílias vivem sem situação precária. Sem água encanada, morando em barracos e às vezes faltando dinheiro até para se alimentar de forma adequada.

Morando na região há aproximadamente um ano, Agueda de Souza de 64 anos tenta se virar como pode para enfrentar as dificuldades. Residindo em um cômodo com filhos e netos, a mulher conversou com a equipe de reportagem do O Machete News e destacou os apuros do cotidiano.

“A gente vai vivendo como pode. Não temos luxo, mas vamos sobrevivendo. A vida não é fácil, mas sempre estamos buscando dias melhores”, contou.

Apesar da difícil situação que vive, a Dona Maria de Fátima esbanja simpatia. Com um sonho de sair do aluguel, ela e o esposo montaram um barraco no local onde vivem há um ano.

“O aluguel é muito caro em Bonito, e com o salário mínimo que ganho ou a gente paga a casa ou a gente come, escolhemos comer. Meu companheiro fez esse barraco com as coisas que ele encontrou no lixão. As dificuldades são grandes, não temos água encanada e precisamos buscá-la em um açude. Tenho fogão, mas não tenho dinheiro para comprar o gás. Aqui é assim, vivemos um dia após o outro, faz tempo que cozinho no fogão a lenha por não ter o dinheiro do gás. No frio a gente precisa esquentar água do açude para tomar banho”, disse.

Fonte: por Anna Gomes – OMacheteNews

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