“Recentemente, participei da minha primeira focagem noturna, algo que achei maravilhoso. Acabei fazendo o registro de uma onça a uma distância de uns 3 metros – eu no barco, ela no barranco. Rapidamente, peguei a câmera e cliquei. Foi bastante especial pois foi a primeira foto de onça que já fiz”, se orgulha.
E que venham outras mais, entre fotografias e aventuras. “Antes de exercitar a fotografia, tive a oportunidade de acompanhar o Instituto Reprocon (Reprodução Para Conservação) em um procedimento numa onça-pintada. Nunca havia visto uma tão perto! Foi um dia que jamais irei esquecer…”, conta.
Inclusive, pois ele também tem esse registro fotográfico compartilhado no seu perfil do Instagram.
A história de Victor é a seguinte: no início do ano, saiu de Miranda – sua cidade natal – para trabalhar no setor de porto (pesca e passeios) do Passo do Lontra Parque Hotel, bem no meio do Pantanal sul-mato-grossense. “Sempre gostei de mato, fazenda. Tenho muito orgulho do nosso Pantanal, ainda mais por trabalhar nele e com ele”, afirma.
Ao receber a proposta em março, não perdeu a oportunidade e veio de mala e cuia à região do Passo do Lontra. Porém, foi há quase 1 mês que a fotografia aflorou dentro de si, virando assim assim seu mais novo talento e paixão.
“Por aqui, comecei a me interessar por tirar fotos dos animais que encontrava, das aves pousadas que via, das paisagens e tudo mais com a ajuda do meu celular. Fui realmente pegando o gosto por aquilo. Resolvi comprar uma câmera um pouco mais profissional, de lentes intercambiáveis (DSLR), e fazer fotos com mais qualidade”, detalha.
Até então, Victor nem sabia operar numa máquina do tipo, e “brincava” no modo automático. E assim foi se virando. “Peguei dicas de uma grande profissional da fotografia, a Sabrina Martins, que é a fotógrafa e parceira de trabalho do Richard Rasmussen (biólogo e apresentador de TV)”.
Acompanhando os dois, Victor não só criou uma amizade mas pôde também exercitar a prática fotográfica e conhecer de perto o trabalho da conservação ambiental, ao mesmo tempo em que “respira” o Pantanal por trabalhar e viver nele.
“Meu primeiríssimo clique foi de um filhote de sucuri dentro do rio. Até pouco tempo, repeti a foto do mesmo ângulo sobre a ponte, porém com uma cobra de 2,60m de comprimento. A fotografia realmente me inspira. Vejo o mundo na frente e por trás das lentes, e o enquadramento é o Pantanal. É a janela da minha vida”, garante.
Dessa forma, o jovem pantaneiro se interessa por clicar de onça-pintada aos pássaros nativos, além do nascer e pôr-do-sol, a lua cheia, auzl, verde, mato e paisagens a mil. Para ele, fotografia também é sinônimo de concentração.
“Cada dia eu me sinto mais focado, não só por fazer fotos e me orgulhar delas, mas para também mostrá-las ao mundo”. No seu perfil do Instagram, Victor faz isso com talento.
E este o seu mais novo sonho. “Quero que a fotografia me traga reconhecimento. Tenho muita fé em Deus que ainda vai dar certo. Até porque eu sempre corri atrás do que eu sempre quis. Conquistei o meu emprego no Pantanal, amo viver aqui, e também me virei para aprender essa atividade bonita que é a fotografia. Compartilho essas duas paixões e sigo feliz”.
Fonte: OPantaneiro