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Às vésperas da melhor data do ano, Abrasel é pega de surpresa com decreto

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Campo Grande amanheceu na bandeira cinza, o que significa mais restrições e mudanças de horário às vésperas do Dia dos Namorados, data considerada a de maior faturamento para bares e restaurantes noturnos. A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) que chegou a encaminhar ofício ao Governo pedindo ampliação do toque diz que foi pega de surpresa.

Para o presidente da associação, Juliano Wertheimer, o prejuízo vai ser generalizado, já que o setor vinha se programando para abrir dentro do horário permitido pela classificação anterior do Prosseguir, quando Campo Grande ainda estava em bandeira vermelha.

“Podia abrir até 21h, neste horário os restaurantes não conseguem rodar duas vezes a mesa, mas dá para fazer um giro no salão”, comenta Juliano.

Levando em conta este horário, proprietários de bares e restaurantes estocaram mercadoria e contrataram mais funcionários esperando poder abrir até 21h no sábado, dia 12 de junho.

No entendimento da Abrasel, o decreto publicado hoje no Diário Oficial do Estado, que coloca Campo Grande na bandeira cinza permite que os empreendimentos abram, mas cumprindo o toque de recolher, das 20h às 5h da manhã, o que para quem funciona à noite não compensa.

“Mais uma vez somos o setor mais prejudicado. Estamos pagando uma conta desproporcional durante essa pandemia. O local mais seguro para se estar é dentro de um bar e restaurante que seguem as medidas”, enfatiza Juliano.

Com a limitação de horário, a Abrasel diz que muitos restaurantes sequer devem abrir as portas. “Até 8h da noite? Vai abrir sendo que ninguém vai vir jantar 6h30, 7h. Entendemos a gravidade da situação da saúde, mas é lamentável que o Governo tenha alterado isso às vésperas. Temos menos de 48h para reorganizar e quem já está com produto estocado? Fez todas as compras? Não vai ter onde usar a mercadoria”, relata.

A associação aponta que as medidas de limitação de horário vão contribuir ainda mais para aglomeração em casa e festas clandestinas. “Em vez da pessoa tomar três cervejas no restaurante, vai comemorar em casa, com churrasquinho, e a gente vai pagar o preço das aglomerações”, finaliza Juliano.

Fonte:CGN

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