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Em um mês, MS tem aumento de 156% nos casos de dengue

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Os casos de dengue em Mato Grosso do Sul aumentaram 156% no último mês, de acordo com dados divulgados em boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde. (SES). O número é preocupante, principalmente por conta da sobrecarga do sistema de saúde com o aumento no número de casos de coronavírus, que resultou na falta de leitos em MS nas últimas semanas.

No boletim do dia 17 de fevereiro, 1.965 pessoas haviam sido diagnosticadas com dengue. No mesmo dia deste mês, o número saltou para 5.044 casos prováveis, que englobam ocorrências ainda em investigação, que não foram finalizadas no sistema da SES, ou que já foram confirmadas. Ao todo, três pessoas faleceram em decorrência da doença em 2021.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, é importante que a população mantenha as residências limpas para evitar a proliferação do mosquito.

“Nós estamos cobrando dos municípios ações contra a dengue, que é uma doença sazonal, muito presente nesses primeiros meses do ano. Compramos equipamentos que nunca na história do Estado foram disponibilizados, como bombas intercostais, para tratamento domiciliar e até para o fumacê, então acreditamos que esse ano vai ter um menor impacto que os anos anteriores”, explica.

Porém, com o sistema de saúde sobrecarregado, a situação pode se agravar. “Hoje, com o sistema de saúde totalmente ocupado, reforçamos duas campanhas: que as pessoas fiquem em casa e, com isso, cuidem dos seus quintais, retirando todo material que pode servir de criadouro para o mosquito, que transmite não só a dengue, mas outras doenças também”, pontua Resende.

Interior  

Três Lagoas é o município com maior número de casos confirmados de dengue no mês de março, com 423 notificações, seguido de Corumbá, com 219, Rio Brilhante, com 166, e Campo Grande, com 122.

Já o município que apresenta a maior incidência de casos prováveis – relação entre casos e número de habitantes – é Antônio João. O município com 9.020 habitantes está em bandeira vermelha, com uma incidência de 2.827,1.

Moradora do município de Antônio João, a esteticista Kemilly Dauzacker, 25 anos, apresentou os primeiros sintomas no dia 26 de fevereiro. Começou o tratamento, orientada pelos médicos da rede pública, mas após 15 dias apresentou novamente os sintomas e reiniciou o tratamento.

“Eu fui para o hospital, tomei soro e voltei para casa, onde fiquei tomando medicação por 10 dias. Então, 15 dias depois de ter melhorado, eu tive novamente os sintomas”, afirma. “Quando percebi algo diferente já corri para o médico para saber o que era. Se não fosse dengue, era Covid-19. Eu tive dor no corpo e febre. Nossa, foi horrível, é preciso ter cuidado”, complementa.

CAPITAL

Em pesquisa divulgada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande na terça-feira (16), dois bairros da Capital estão em situação de risco e outros 39 em alerta de infestação pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), os bairros Vida Nova e Azaléia, onde foram vistoriadas 237 residências e 215 imóveis, respectivamente, apresentaram o maior índice de infestação predial (IPP).

No primeiro bairro o IPP está em 5,1, e no segundo em 4,2; qualquer valor acima de 3,9 já é considerado de risco pelo Ministério da Saúde. Outros 39 bairros receberam a classificação de alerta por apresentarem índices superiores a 1. Ou seja, de todos os imóveis vistoriados nestes locais, pelo menos 1% deles apresentava focos do mosquito.

ANO PASSADO

Segundo os dados dos boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, entre o primeiro e o último dia de 2020 foram registrados 41.378 confirmações de dengue e 42 mortes.

Mato Grosso do Sul fechou o ano ocupando o 2º lugar entre os estados do Brasil com alta incidência de casos da doença. Todos os 79 municípios do Estado encerraram o período na faixa vermelha, as cidades que registraram maior incidência de dengue foram: Campo Grande, Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá, Amambaí e Dourados.

 

 

Fonte:CE

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