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Artistas de MS se consagram na música instrumental

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Até o início do século XVI, os instrumentos musicais eram usados apenas para acompanhar os cantos ou marcar o compasso das músicas. A partir disso, as composições instrumentais foram ficando cada vez mais frequentes até que, durante o período barroco, a música instrumental passou a ter importância igual à vocal. Foi durante o período clássico (da música), porém, compreendido entre os anos de 1750 e 1810, que a música instrumental passou a ter importância maior do que a vocal, devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos e ao surgimento das orquestras.

Como não podia deixar de ser, a música popular brasileira moldou-se a partir de todas estas fontes, bem como das influências vindas da música africana, trazida por negros de vários lugares, e também da música indígena de diversas regiões. Historiadores da música afirmam que a modinha (da Europa) e o lundu (da África) são as grandes influências da música popular brasileira e, juntamente com o schottish, a valsa, o tango e a polca, são grandes influências também para o choro, que é essencialmente instrumental, e considerado primeiro gênero popular urbano do Brasil. Os principais instrumentos utilizados no choro são o violão de 7 cordas, violão, bandolim, flauta, cavaquinho e pandeiro, embora diversos outros instrumentos tenham sido utilizados. Acresça-se a esse rol de instrumentos a viola de 10 cordas, instrumento de origem portuguesa e que, segundo a lenda, quando chegou ao Brasil era usado pelos cavaleiros viajantes para abrir a janela das moçoilas casadoiras. Isso teria gerado inclusive reclamações à corte. O maior nome de Mato Grosso do Sul neste instrumento é o também cantor Almir Sater. Outros nomes que se destacam na música instrumental de Mato Grosso do Sul são Marcelo Ribeiro, Sandro Moreno, Adriano Magoo e Wlajones Carvalho, além de Toninho Porto, que a exemplo de outras figuras já teve experiências internacionais.

Em Dourados, ao lado de Sandro Nunes (sax alto e sax soprano), de Biko do Trombone, da Orquestra da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), de bons violeiros e virtuoses em diversos instrumentos, o douradense Léo Martins é desses aficcionados por música que optou pela música instrumental. Embora também seja cantor, é compondo e fazendo aprimorados arranjos no estúdio que montou em sua casa que mostra sua sensibilidade, que vai além das composições instrumentais e arranjos. Embora se sinta muito à vontade rodeado de instrumentos e diante da mesa de som, Léo Martins tem uma produção profícua também na composição de letras, na sua maioria inspirada em artistas como Cazuza, Leoni, Lucas Silveira e Esteban Tavares, não raro se unindo a outros compositores para elaborar as letras, como Jonathan Corrêa (Reação em Cadeia) e Guilherme de Sá (Rosa de Saron).

Léo já se apresentou em algumas cidades do interior de São Paulo. Hoje focado no estilo Pop Rock/ MPB, já foi vocalista das bandas H2SO4 (2005 – 2006), Dilema (2006 – 2007) e Acústica Arsenal (2007 – 2010). Em parceria com a N/A Produções, gravou seu primeiro CD em 2016, intitulado Léo Martins – Fragmentado. Atualmente, está finalizando a produção do seu segundo álbum “Léo Martins – Unificado”. Hoje, com 28 anos de idade, dono de uma voz diferenciada e muita habilidade no manejo de cordas de diversos instrumentos, Léo está empenhado em a conquistar seu espaço no cenário musical. “A música é parte da minha vida. Nos retira da aridez do dia a dia e nos eleva. Fazer música para mim é como respirar”, afirma, inspirado, o instrumentista.

Fonte: OProgresso

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