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Lava Jato chega ao fim e integrará grupo anticrime organizado

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Como anunciado em dezembro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou ao fim neste mês o prazo para integração da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) instituído no Ministério Público Federal do Paraná.

Desde o dia 1º de fevereiro, a força-tarefa paranaense deixou de existir oficialmente, após quase sete anos de trabalho. Quatro de seus membros seguirão no Gaeco, com mandatos até agosto de 2022, para garantir a continuidade das investigações em curso. A equipe é composta ainda por mais cinco procuradores.

Sede do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, onde fica a força-tarefa da Lava Jato Curitiba. Foto: MPF-PR / Divulgação

Veja a composição do Gaeco no Paraná:

Alessandro José Fernandes de Oliveira

Daniel Holzmann Coimbra
Henrique Gentil Oliveira
Henrique Hahn Martins de Menezes
Laura Gonçalves Tessler
Lucas Bertinato Maron
Luciana de Miguel Cardoso Bogo
Raphael Otavio Bueno Santos
Roberson Henrique Pozzobon

Desde março de 2014, a Lava Jato abriu 79 fases e condenou 174 pessoas. Entre elas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, além de importantes atores políticos, dirigentes da Petrobras e executivos de empreiteiras.

Segundo o Ministério Público Federal, dos R$ 15 bilhões ajustados em acordos de colaboração premiada e de leniência, R$ 4,3 bilhões já foram devolvidos aos cofres públicos.

Os procuradores Deltan Dallagnol e Alessandro José Fernandes de Oliveira foram os coordenadores da Lava Jato em Curitiba. Fotos: Theo Marques/Estadão e Ministério Público Federal/Reprodução

“O legado da força-tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate a corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade, seja pela punição de criminosos, pelo retorno de dinheiro público desviado ou pelo compartilhamento de informações que permitem que outros órgãos colaborem nesse descortinamento dos esquemas ilícitos que assolam nosso país há tanto tempo”, afirmou o procurador Alessandro José de Oliveira, que assumiu a direção da força-tarefa após a saída de Deltan Dallagnol e seguirá como coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco.

Referência no combate ao crime organizado nos Ministérios Públicos estaduais, os Gaecos começaram a ser implementados a nível federal no ano passado – quase sete anos após o Conselho Superior do Ministério Público aprovar uma resolução abrindo caminho para a adoção do modelo.

A institucionalização do grupos anticrime traduz a meta encampada por Aras de redesenhar o Ministério Público Federal através da integração das forças-tarefas.

Fonte: Estadão

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