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Maior fiscalização faz dependentes químicos saírem da antiga rodoviária

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Diversas ações de policiamento foram realizadas na região da antiga rodoviária, ao longo de 2020, para dispersar usuários de drogas que circulavam na área.

No entanto, após fiscalização da Polícia Militar, da Polícia Civil e das Unidades Especializadas de Trânsito e Cavalaria, essas pessoas em situação de rua migraram para poucas quadras acima do local.

De acordo com nota divulgada pelo 1º Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), diariamente são realizadas rondas e abordagens preventivas para aumentar a segurança e inibir delitos.

Porém, em relação aos moradores de rua, “a causa permeia mais um problema de ordem social e saúde do que de segurança pública”.

Ainda segundo o Batalhão, o policiamento preventivo na região do centro é realizado com apoio das Unidades Especializadas da PMMS, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque, do Batalhão de Trânsito e da Cavalaria.

“Atualmente a PMMS está desenvolvendo a Operação Opus, que vem intensificando as ações preventivas por toda a Capital”, frisou Polícia Militar, em nota.

Segurança de uma loja que fica a poucas quadras da antiga rodoviária, Jessé Santos de Souza explica que desde o início das ações de policiamento a circulação na área teve um grande aumento.

“Tirou eles de lá e vieram para cá. Mas tem umas duas semanas que diminuiu, em razão do trabalho da Polícia Militar, da Guarda Municipal e da Polícia Civil. Eles estão fazendo rondas e abordagens, checando cada um deles e revistando”, explicou o segurança.

Souza detalha que a região está mais segura e que dificilmente essas pessoas cometem furtos ou abordam pessoas, quando isto ocorre, é para pedir dinheiro. Segundo o segurança, a maior preocupação são as brigas que ocorrem entre os usuários, que podem atingir pessoas que passam no local.

“Aqui está seguro entre aspas, porque estão ocorrendo mais rondas da polícia, mas eles nesse estado não são confiáveis. Tem vezes que eles não sabem o que estão fazendo, por causa da droga. Mas geralmente eles brigam entre eles mesmo, então, vai que passa alguém que é atingido”, contou Souza.

A comerciante Mariana Ferreira tem uma loja na rodoviária há 20 anos e afirma que o local não possui mais movimento de usuários de drogas.

“Com a pandemia diminuiu muito, eles passam na rua, mas aqui no prédio não vieram mais. Teve bastante [movimento] quando eles ficavam aqui, mas agora não tem mais”, pontuou a comerciante.

Quanto à segurança, Ferreira detalha que se sente mais segura com as rondas policiais, no entanto, ela explica que os usuários nunca causaram problemas para ela.

“Nunca me roubaram, nunca mexeram comigo. Eles inclusive ajudavam a gente. Às vezes a gente estava passando e vinha um de fora, eles já avisavam que era comerciante. Eles cuidam, nunca tiveram esses problemas aqui, de quererem roubar. Eles sempre ajudavam a carregar alguma coisa, são muito educados”.

Paulo Rodrigo é gerente de uma ótica localizada na antiga rodoviária há 42 anos. Ele explica que houve uma grande melhora no local após a retirada dos usuários de drogas que ficavam na rua lateral.

“Para nós deu uma melhorada depois que eles saíram daqui, mas nunca tivemos problemas com eles, sempre foi bom aqui”, afirmou o gerente.

Segundo Rodrigo, o prédio possui dois seguranças, além do posto da Guarda Municipal, que proporcionam uma maior segurança para o gerente.

“Me sinto seguro. Nós mantemos as portas bem fechadas e a maioria dos clientes aqui são antigos, então eles nunca incomodaram a gente. Para nós é tranquilo, sem incômodo nenhum, eles nem vêm aqui”, ressalta.

ESTRATÉGIA

O 1º Batalhão da Polícia Militar publicou vídeo para esclarecer o funcionamento dos trabalhos na antiga rodoviária. Conforme o Batalhão, a nova estratégia foi a de modificar o trabalho para policiamento móvel.

Com o policiamento móvel, aproximadamente 300 pessoas foram beneficiadas com o trabalho policial, com rondas e abordagens de forma estratégica.

Também foi realizado levantamento dos dados de furtos e roubos na região: eram 300 furtos por mês e passaram para uma média de 100 furtos em janeiro.

Esses crimes de furto ou roubo sempre acompanham a questão do uso de drogas, justamente para que os usuários consigam dinheiro para adquirirem os entorpecentes ou mesmo trocarem por produtos.

 

 

Fonte:CE

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