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Pistoleiro da milícia de Jamil Name é morto em confronto

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O ex-guarda municipal de Campo Grande José Moreira Freires, o Zezinho, pistoleiro da milícia chefiada por Jamil Name e condenado pela execução do delegado Paulo Magalhães, foi morto em confronto com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

Responsável por executar os crimes da organização criminosa envolvida em crimes de pistolagem, Zezinho era procurado pela Interpol e constava em 12º na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça.

Ele estava no Rio Grande do Norte há dois meses, onde havia sido contratado para executar uma autoridade do Ministério Público ou do Tribunal de Justiça do estado.

Conforme a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) do Rio Grande do Norte, policiais localizaram o foragido nesta segunda-feira (14), na zona rural de Lagoa Pedra.

Ele tinha dois mandados de prisão em aberto e, no momento da abordagem policial, ele reagiu e houve troca de tiros. No confronto, o pistoleiro foi atingido e morreu no local.

Ele estava com uma pistola .40, da Polícia Civil do estado, com registro de roubo.

Além disso, foi constatado que na granja onde ele estava morando foi construído um laboratório de produção de crack.

Informações da Polícia Civil do RN apontam que ele foi contratado, recentemente, para executar uma autoridade e investigações continuam para identificar se há mais envolvidos no plano.

Pistoleiro da milícia

Na lista de procurados Ministério da Justiça, Freires, junto com o também ex-guarda pistoleiro Juanil Miranda Lima, era descrito como integrante de uma milícia ligada ao jogo do bicho; condenado pelo Tribunal do Júri pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo e suspeito de envolvimento na morte de Orlando da Silva Fernandes “Bomba”, ex-chefe de segurança do narcotraficante Jorge Rafaat.

Em 2018, Freires foi condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato do delegado aposentado Paulo Magalhães, ocorrido em 2013, mas como estava amparado por habeas corpus, pôde recorrer em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, o que não o impediu de participar de outros crimes.

Delegado aposentado e advogado criminalista, Paulo Magalhães de Araújo foi executado a tiros de pistola 9 mm no dia 25 de junho de 2013. Suspeita é que o crime foi encomendado, mas não foi esclarecido quem seria o mandante. O planejamento e execução do crime teriam envolvido cifras altíssimas.

Zezinho participou ainda do assassinato do estudante de Direito Matheus Xavier, em abril do ano passado, que foi executado por engano. O alvo era o pai, o capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Xavier.

Para comprovar o envolvimento de José Moreira Freires e Juanil Miranda Lima na execução do rapaz, os investigadores utilizaram os dados do rastreamento da tornozeleira eletrônica, fornecidos pela Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Ele também ameaçou dois delegados da Delegacia Especializada de Repressão de Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (GARRAS), e um promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, órgãos responsáveis pela operação Omertà, que culminou no desmantelamento da organização criminosa chefiada por Jamil Name.

Outro crime do qual é acusado é a execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como Playboy da Mansão. O empresário foi morto a tirosem bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 18 de outubro de 2018.

Nesta execução, Freires atuou como intermediário, sendo encarregado de levantar informações sobre a vítima.

A dupla, Freires e Juanil, também tem envolvimento na execução do policial militar e ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa Ilson Martins de Figueiredo, em 11 de junho de 2018, em Campo Grande, além do assassinato de Orlando da Silva Fernandes, o Bomba, ex-segurança de Jorge Rafaat, ocorrido em 26 de outubro de 2018, executado com 40 tiros de fuzil.

 

 

 

Fonte:CE

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