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“O retorno de um hotel é menor que o da poupança”, diz hoteleiro de Campos

Alberto Lenz Cesar é sócio e diretor-geral do hotel Toriba, inaugurado em Campos de Jordão em 1943 e alvo de sucessivas renovações

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O pôr do sol em Campos de Jordão se encaminha para o fim, encerrando um luminoso sábado recente, e um punhado de hóspedes do Hotel Toriba, um dos mais longevos da cidade – foi inaugurado em 1943 –, aproveita o entardecer no topo de uma encosta voltada para o município de São Bento do Sapucaí. É um dos pontos altos do workshop de fotografia do qual o grupo participa, daí a mesa repleta de comidinhas e de garrafas de sauvignon blanc, servidas pela equipe do hotel responsável pelos passeios de aventura.

A piscina do longevo hotel

Um dos presentes é Alberto Lenz Cesar, sócio e diretor-geral do empreendimento, fundado por um avô e um bisavô, respectivamente, Luiz Dumont Villares e Ernesto Diederichsen. “O retorno de um hotel é menor que o da poupança”, diz o hoteleiro, lá pelas tantas, para a reportagem da Exame, que testemunha o entardecer. “Sempre digo isso, mas nunca acreditam”. Ele diz isso depois de enumerar os inúmeros investimentos feitos no hotel, que, verdade seja dita, não aparenta os 77 anos que tem. “Não dá para parar de renovar”, receita, resignado com o suposto baixo retorno financeiro.

Afastado da tumultuada Vila Capivari, o centrinho de Campos do Jordão, o Toriba se orgulha de oferecer aos hóspedes 2 milhões de metros quadrados de mata nativa e quinze quilômetros de trilhas (parte disso tudo se encontra numa propriedade anexa, dos mesmos donos). Recentemente o hotel ganhou novos chalés com mordomias como piso aquecido, lareira, TV de 42 polegadas, roupões e amenities da marca L’occitane. São a melhor opção tanto para casais quanto para famílias com crianças pequenas.

Um dos chalés mais novos

Outras novidades recentes dignas de nota são a sofisticada sala para fumar charutos, toda envidraçada e equipada com bar e mesa de sinuca, e o antigo vagão de trem instalado ao lado da portaria. Restaurado, foi transformado em cafeteria, aberta também a não hóspedes – e virou um concorrido cartão-postal da cidade. Parte das novidades é atribuída à chegada de um novo sócio, o inquieto empresário Aref Farkouh.

Em sua sede, o Toriba mantém preservados os afrescos de autoria de Fulvio Pennacchi (1905-1992), que ajudam a transportar os hóspedes para outra época. É o pano de fundo do restaurante principal, de uma sala de chá e de um bar. Um terraço repleto de mesas robustas e um solarium descortinam uma visão privilegiada da região e do pôr do sol. Não muito longe situam-se a piscina, com água aquecida e uma raia de 25 metros; a jacuzzi; a sauna; a academia; e o spa, com chancela da rede L’Occitane en Provence.

O estílo rústico-chique do hotel

O diretor-geral conta que, tão logo o hotel foi reaberto após as semanas mais críticas da quarentena, os hóspedes voltaram organicamente. “O que não falta no Toriba é espaço para as pessoas ficarem isoladas”, observa, sem dar detalhes sobre as taxas de ocupação. As diárias partem de 792 reais.

Jacuzzi, uma das opções de lazer

Fonte: Exame

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