Embora o Brasil ainda não possa substituir 100% do que os Estados Unidos fornecem à China, o País deverá aumentar significativamente os seus embarques para o gigante asiático. A avaliação é da T&F Consultoria Agroeconômica, baseando sua projeção no acirramento recente das relações entre norte-americanos e chineses.
De acordo com os analistas da T&F, esse aumento da participação brasileira deve elevar os prêmios e os preços finais nos portos: “Se isto vai ou não chegar até o agricultor dependerá muito do comportamento do dólar. Por enquanto, a tendência do dólar é se acomodar no nível em que está, ao redor de R$ 5,30 (um pouco acima do que o Relatório Focus anuncia, devido aos problemas fiscais do país e à lentidão das reformas), mas poderá subir se realmente a briga entre EUA e China voltar a se acirrar”.
“Então nossas recomendações são as seguintes: Plante toda a soja que puder, que ainda será pouco para fornecer à China; Venda agora, aproveitando os preços do dólar, mas guarde 25% para eventuais acontecimentos futuros do mercado. Use nossa assessoria no planejamento da sua lucratividade para as safras 2021 e 2022”, conclui a equipe da T&F. O que esperar do mercado de soja?
Fatores de alta
* Trump anuncia que não quer mais negociar com a China e isto é baixista para Chicago e altista para os prêmios no Brasil,
* Grandes casas corretoras da CBOT acreditam que os estoques finais de soja americana serão revisados novamente para baixo no futuro,
* Forte demanda chinesa sobre soja americana neste semestre fará Chicago subir mais um pouco,
* A disputa EUA-China reavivará o dólar, que deve continuar elevado (mesmo que não seja nos níveis atuais),
* Aumento de 11 MT na produção brasileira poderá substituir 70% das importações de soja americana, atraindo a demanda chinesa.
Fatores de baixa
* Início da colheita americana,
* Anúncios de aumento da produção brasileira,
* Melhora na economia brasileira fará o dólar cair levemente.
Fonte: Agrolink