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Durante semana da Independência acampados fazem movimentos por reforma agrária

No acampamento 8 de março movimento foi no domingo na MS-178, entre Bonito e Guia Lopes da Laguna

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Durante a Semana da Independência do Brasil, comemorada nesta segunda-feira – 7 de setembro –  o FNL (Frente Nacional de Luta) está promovendo uma série de movimentações em prol da Reforma Agrária, moradia digna, em defesa do SUS e da Educação. No Acampamento 8 de março, que fica as margens da MS-178 entre os municípios de Bonito e Guia Lopes da Laguna, a ação foi realizada no domingo (6) com a entrega de panfletos aos motoristas e concentração na rodovia.

Segundo a Elessandra Maria de Souza, financeira estadual do acampamento, não houve interdição da via em nenhum momento. “As interdições duraram cerca de 2 a 3 minutos para que pudéssemos entregar os panfletos e explicar o que estávamos reivindicando. A maioria que por alí passava nos deu apoio, dizendo que estávamos fazendo a coisa certa e que temos que lutar mesmo”, detalha.

No assentamento vivem hoje cerca de 150 famílias, que conforme Elessandra lutam por terra, trabalho e moradia. “Ressaltando que não estamos contra o governo, nós estamos contra a paralisação da reforma agrária e pedimos para que o Incra retorne as vistorias. As famílias já estão há dois anos e seis meses acampadas em frente a área, apenas aguardando o resultado da vistoria que  já foi feita”, afirma.

Confira a nota do FNL na íntegra:

“Nessa semana que se comemora a “Independência” de nosso país, definimos como semana de luta da Reforma Agrária, moradia digna, em defesa do SUS e da Educação.

Nesse momento de crise economia política e da saúde, nos custa muito estar mobilizado neste dia, mas ficar de braços cruzados, nos custará muito mais. Nós, os trabalhadores do campo estamos vivendo um dos piores momentos e o pior governo para agricultura familiar que já governou o Brasil. Estamos caminhando para o fim do segundo ano desta gestão e não foi apresentado nenhuma meta ou plano de assentamento para as famílias acampadas, e as famílias assentadas estão abandonadas pelo poder publico federal e sem assistência técnica não conseguem acessar credito. O INCRA que deveria ser interlocutor da reforma agrária esta inoperante diante desta crise e como se não bastasse o governo extinguiu o setor de obtenção de terras e o setor de ouvidoria agraria. Podemos dizer que o [órgão fiscalizador do índice de produtividade não está fiscalizando, entendemos que isso é um descumprimento do art. 184 ao art. 186 da Constituição Federal, e o Ministério Público Federal, apesar de denunciarmos, até agra está de expectador, não se posicionou em defesa da Constituição e dos brasileiros que ainda estão desprovidos de terra ou condições de produzir e viver no campo.

Nós da FNL definimos a nossa jornada de lutas e denuncias. Não podemos e não vamos ficar alheios enquanto a agricultura familiar vem sendo deixada de lado, e as famílias acampadas sofrem de baixo de barracos de lona. O governo tem que retomar as vistorias e as desapropriações de terras improdutivas, terras do trafico de drogas e terras compradas por presos da corrupção. Não podemos nos calar sabendo que existe terras que não cumprem com sua função e tanta gente sem-terra morrendo de fome e sem moradia neste país.”

Fonte: Assessoria

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