A Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) lançam na próxima quinta-feira, 3, a segunda edição da “semana Brasil”, que vai reunir milhares de lojas com descontos de até 70% na tentativa de aquecer o comércio, em especial, o e-commerce.
No ano passado, cerca de 3 mil lojas participaram da chamada “Black Friday verde e amarela”. Este ano, com pandemia, a expectativa é que a presença do e-commerce seja ainda mais percebida. No Magazine Luiza, haverá produtos com até 70% de desconto e Frete Grátis.
No Extra, os descontos são de 40% utilizando o cupom BRASIL. Já a Kalunga irá colocar em oferta centenas de produtos de Escritório, Informática, Rede, Impressoras, Notebooks, PCS, Móveis e Eletrônicos.
“Estamos mobilizando todo o varejo para buscar as melhores formas de viabilizar as ações promocionais. Esta é uma ação totalmente suprapartidária, que trará benefícios para a economia do país como um todo”, disse o conselheiro do IDV, Marcos Gouvêa de Souza.
Segundo a Ebit/Nielsen, o aumento de vendas no e-commerce durante a “semana Brasil” do ano passado foi de 41%, enquanto as vendas no varejo físico aumentaram 11,3%.
Mesmo com lojas fechadas ou com horário de funcionamento reduzido, a expectativa para 2020 é um aumento entre 10% e 15% nas vendas. “Faremos tudo isso com respeito às normas de segurança sanitária, com empresários e consumidores cientes da importância da manutenção e fomento das relações comerciais, bem como do cuidado com a saúde do próximo”, disse Fábio Wajngarten, secretário executivo do Ministério das Comunicações.
A segunda edição da “semana Brasil” será realizada após o maior balde de água fria para a economia brasileira nos últimos anos. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 em relação ao período imediatamente anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 1º. A mediana das expectativas do mercado financeiro ficava em torno de um tombo um pouco menor, de 9,4%.
Agora, o PIB está no mesmo patamar do final de 2009, auge dos impactos da crise financeira global de 2008. A maior queda registrada foi no consumo das famílias, que representa 56% do PIB, e teve recuo de 12,5% no segundo trimestre ante o primeiro.
Fonte: Exame