Lélia Rita havia intercedido para a compra das duas grutas pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, as quais ficaram sob a responsabilidade da Empresa de Turismo de Mato Grosso do Sul/MSTUR. Naquela época, não havia definição da propriedade de cavidades naturais subterrâneas, as quais, atualmente, são consideradas pertencentes à União, pela Constituição Federal.
Dada à sua preocupação pelas grutas, Lélia Rita, como Diretora do Departamento de Cultura de Mato Grosso do Sul, da Secretaria de Desenvolvimento Social, providenciou o primeiro mapa da Gruta do Lago Azul. Imaginem a surpresa do topógrafo contratado para isso, ao chegar na gruta com seu teodolito. Ai coube a ele, Elcínio Silveira Cavalheiro, posicionar seu tripé em proeminência na entrada da gruta e fazer visadas até o seu interior.
Ainda em 1982, Lélia Rita apresentou ao IPHAN o projeto Preservação e Adequado Manejo Turístico das Grutas de Bonito”.
O projeto proposto por ela foi aprovado pelo IPHAN em 1984 e coordenado pelo arquiteto Clayton Ferreira Lino, o qual, juntamente com equipe técnica multi e interdisciplinar, desenvolveu levantamentos topográficos mais detalhados das grutas e apresentou as diretrizes para um plano de manejo turístico da região (Projeto Grutas de Bonito – 1984), o que, de uma certa forma, lançou as bases para o desenvolvimento do turismo em Bonito e preservação de suas cavernas.
Fonte: PE