Continua o impasse sobre os protocolos sanitários para a retomada da Copa Libertadores a partir do dia 15 de setembro. O prazo final para definição dos locais dos jogos terminou na quinta-feira, mas como as confederações de Argentina, Chile e Uruguai pediram à Conmebol prorrogação, a entidade abriu uma brecha no regulamento e deu até a próxima terça para que os dirigentes desses países se pronunciassem.
Clubes que não puderem garantir a entrada e saída do seu país de times visitantes por qualquer motivo (logística, necessidade de cumprimento de quarentena obrigatória, proibição de realização de eventos, entre outros) deveriam solicitar à Conmebol até quinta-feira a alteração de estádio, cidade ou até país para disputarem seus jogos como mandante na Libertadores. Por enquanto, as partidas do torneio foram autorizadas somente por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela.
A Federação Chilena aprovou a realização dos jogos, mas, como ainda dependem das autorizações das autoridades sanitárias locais, os clubes chilenos não confirmaram à Conmebol os estádios que usarão na competição.
Já os governos de Argentina e Uruguai ainda discutem com suas federações a permissão para entrada de delegações estrangeiras sem necessidade de cumprir quarentena de 14 dias. “Libertar as fronteiras a pedido da Conmebol não é tarefa fácil”, disse Gerardo Lorente, gerente da Secretaria Nacional de Esportes do Uruguai em entrevista à imprensa local. “O Uruguai hoje tem um estado de saúde muito bom e a inserção de uma pessoa ou delegação que possa ter o vírus geraria um sério problema para a administração da pandemia”.
O protocolo da Conmebol prevê a permanência das equipes nos países da América do Sul por 72 horas para cada jogo a ser disputado. Neste período, os times deverão fornecer uma lista com o nome das pessoas com autorização para comparecer aos treinamentos e jogos. Quando retornarem aos seus países, os atletas também estariam dispensados da necessidade de quarentena
Para ajudar na logística, a Conmebol vai dar assistência financeira para voos fretados a todos os clubes. Assim, a ajuda aos times chegará a US$ 93,1 milhões (cerca de R$ 500 milhões).
Os clubes brasileiros devem voltar a jogar na Libertadores a partir de 15 de setembro. O Athletico-PR enfrenta o Jorge Wilstermann em Cochabamba, na Bolívia, e o Santos encara na Vila Belmiro o Olimpia, do Paraguai.
Em 16 de setembro o Palmeiras enfrenta o Bolívar, em La Paz, e depois, no dia 17, o São Paulo recebe o River Plate no estádio do Morumbi, na capital paulista. O Flamengo joga também no dia 17 contra o Independiente Del Valle, no Equador.
Já os clubes gaúchos entrarão em campo um dia antes. Em Porto Alegre, o Internacional receberá o América de Cali, da Colômbia, no estádio Beira-Rio. O Grêmio estará em Santiago, no Chile, para encarar a Universidad Católica.
Fonte:AGE