Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Paraná indicam favoritismo do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em todos os cenários simulados no levantamento para as eleições presidenciais de 2022.
A consulta foi feita em todos os estados do País e mostra vitória de Bolsonaro em três cenários simulados e em diferentes situações de um possível segundo turno.
O Instituto divulgou ter ouvido 2030 eleitores, número da amostra utilizada para indicar as intenções de voto em 2022. Nas cinco regiões, consultou público à partir dos 16 anos, idade mínima para poder votar no Brasil.
Cenários – O primeiro cenário, além das opções “não sabe”, ou “nenhum”, os concorrentes são: Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, Fernando Haddad, Ciro Gomes, Luciano Huck, João Doria, João Amoedo, Guilherme Boulos e Wilson Witzel.
Nesta situação, Bolsonaro saiu à frente com 29% dos votos. Em segundo lugar vem o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (sem partido), com 17,1%. Haddad, do outro lado do espectro político, aparece com 13,4% das intenções de voto.
Com esse cenário, o atual presidente tem mais votos entre os homens, 35,5% das intenções, contra apenas 23,1% entre as mulheres. Em todos as situações, favoritismo entre homens e menor intenção de voto entre as mulheres se repete quando o escolhido é Jair Bolsonaro.
O presidente também é mais popular entre o público que vai dos 25 aos 34 anos, segundo a pesquisa. No primeiro cenário, 31,7% das intenções de voto são de pessoas com essa faixa etária. Além disso, 32,6% são de pessoas com ensino médio completo. Entre os eleitores, as intenções de voto para Bolsonaro foram maiores no sudeste, no cenário projetado: 33,1%. Nas regiões centro-oeste e norte, são 31,7% de intenções de voto.
Bolsonaro perde intenções de voto no cenário 2, que coloca o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) na disputa. Ainda assim, o atual presidente despontou com 27,5% das intenções de voto e Lula, com 21,9%. Moro, nesta situação, fica em terceiro lugar com 16,8% dos votos.
O terceiro cenário coloca o ex-ministro da saúde de Bolsonaro na disputa. Luis Henrique Mandetta (DEM), ainda assim, teve apenas 5,7% das intenções e neste cenário, Bolsonaro subiu levemente no favoritismo: venceria com 30,7% dos votos.

Segundo turno – Se as eleições de 2020 fossem para o segundo turno e Bolsonaro se mantivesse na disputa, a pesquisa simulou que ele venceria contra todos os adversários listados. A vitória, diz a pesquisa, seria maior se o concorrente fosse o ex-candidato Fernando Haddad (PT). Nessa situação Bolsonaro venceria com 46,6% dos votos, contra 32% para Haddad.
Contra Moro, a margem de diferença também é grande: 44,7% para Bolsonaro contra 35% de votos para Moro, segundo as intenções de eleitores ouvidos na pesquisa. Se fosse para o segundo turno com Lula, a pesquisa aponta 45,6% de intenções de voto para Bolsonaro e 36,4% para o líder petista.
Em um possível cenário com disputa entre Bolsonaro e o governador de São Paulo João Dória (PSDB), Bolsonaro venceria com mais da metade dos votos: 51,7%. Dória, segundo a pesquisa, teria 23% dos votos.
Avaliação do governo – O Instituto Paraná também ouviu o público sobre o governo atual e entre maio e julho, mostra que a aprovação de Bolsonaro cresceu. Em maio, 9,8% achavam o governo “ótimo” e em julho, a pesquisa aponta 11,4% entre os eleitores ouvidos.
Caiu o índice, nessa pesquisa, entre público que considera o governo ruim. Em maio eram 13,4% das pessoas ouvidas e em julho, são 11,9%. Não sofreu variação significativa o índice de quem acha o governo ruim. De 26% das pessoas consultadas em maio, subiu para 26,1%.
A pesquisa ainda aponta que a aprovação do presidente subiu de 44% para 47,1% em julho e a desaprovação, segundo o Instituto, caiu de 51,7% para 48,1%.
Assim como as intenções de voto, o favoritismo do governo de Bolsonaro é maior entre os homens e a desaprovação, maior entre as mulheres. Na opção “aprova”, 53,3% das avaliações são dos homens, contra 41,6% entre as mulheres.
Já quando escolheram “desaprovar” o governo, 53,1% das respostas foram das mulheres contra 42,5% dos homens.