Home Meio AmbienteConfirmado: Polícia encontra DNA de Jorginho nas fezes da onça-pintada

Confirmado: Polícia encontra DNA de Jorginho nas fezes da onça-pintada

de Redação Bonitonet
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A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul concluiu os exames de análise do DNA da onça Irapuã – acusada de devorar o caseiro Jorge Ávila em abril deste ano.

Conforme a Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul o resultado foi positivo e será encaminhado à autoridade policial responsável pelo caso.

Irapuã foi capturada em abril, dias depois de atacar o caseiro em uma fazenda no Pantanal, e trazida para o CRAS de Campo Grande, e após um período de reabilitação, ela foi levada para o  Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde está sendo cuidada e tratada, pois devido a sua adaptação com humanos, não pode ser solta novamente na natureza.

Essa espécie trata-se de um macho de onça-pintada, encontrado pesando 94kg e deixando o Centro de Reabilitação em Campo Grande com 107 kg após exames, suporte nutricional e hidratação, como explica a veterinária gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS, Aline Duarte. 

Com os cuidados de pouco mais de 20 dias em Mato Grosso do Sul, a onça teve um ganho de peso de cerca de 13 quilos no intervalo de três semanas. Conforme a veterinária responsável, o felino chegou desidratado e com baixo peso.

Relembre o caso

Longe cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, caso da morte de Jorge começou no desaparecimento do caseiro, posteriormente investigado agora como ataque fatal de animal silvestre, já que partes do corpo de “Seu Jorge” foram encontradas na manhã de 22 de abril. 

Esse ataque teria acontecido por volta de 5h da segunda-feira (21), feriado de Tiradentes, sendo que uma foto de circuito interno divulgada indica que por volta de 06h52, no ponto do bote, só restavam marcas de sangue e os animais carniceiros no local. 

Familiarizados com a região, os locais identificaram o “modus operandi” do ataque da onça foi desvendado, com o animal se escondendo às margens do rio antes de partir em arrancada. 

Região conhecida por ser destino de turistas e pescadores, esse ponto do Rio Miranda costuma atrair animais para próximos das regiões mais habitadas em épocas de cheia, o que favorece o encontro de seres humanos com a fauna local. 

A prática da ceva de animais é uma técnica utilizada principalmente por pesquisadores e fotógrafos da vida selvagem com o objetivo de atrair animais para observação, monitoramento, registro ou estudo científico. A palavra ‘ceva’ vem do meio rural e significa basicamente ‘isca’ ou ‘alimentação oferecida’ com a intenção de atrair determinados bichos a um local específico.

No caso das onças-pintadas, a ceva geralmente é feita com pedaços de carne ou carcaças de animais mortos (como bois, porcos ou outros animais de médio porte). A prática é utilizada especialmente em projetos de pesquisa e documentação fotográfica.

Nos últimos anos, alguns pesqueiros no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul passaram a fazer uso da ceva para atrair turistas. A prática da ceva é condenada por ambientalistas.

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