Com pesquisa e precisão, MS mira 15,2 milhões de toneladas de soja

Em Mato Grosso do Sul, a soja já voltou a ocupar seu lugar de sempre: o centro do campo e das atenções. Com o início do plantio da safra 2025/2026, as máquinas avançam sobre os 4,79 milhões de hectares previstos, movimentando um setor que promete colher 15,2 milhões de toneladas de grãos — 8,1% a mais que no ciclo anterior. Os dados são do Siga MS e refletem o bom momento da cultura no estado, que também estima produtividade média de 52,8 sacas por hectare.

Mas junto com o otimismo, vem o alerta: produzir ficou mais caro. Em algumas regiões, o custo por hectare pode ultrapassar os R$ 6 mil, considerando insumos como sementes, fertilizantes, defensivos e manejo. Em um cenário assim, qualquer erro pesa — e muito. A recomendação da Fundação MS é clara: cada real investido precisa entregar resultado no campo.

“Com custos em níveis elevados, o produtor não pode errar na escolha dos insumos. Só recomendamos aquilo que é comprovadamente eficaz, testado em diversas condições e com metodologia científica séria”, afirma Daniel Franco, presidente da Fundação MS.

A instituição atua com mais de 24 mil parcelas de pesquisa em 12 unidades espalhadas pelo estado — de Dourados a Bonito, de Ponta Porã a Caarapó. É ali, em solo sul-mato-grossense e com clima local, que cultivares, inoculantes e reguladores vegetais são testados sob protocolos técnicos. Tudo para garantir que, quando chegar a hora de decidir o que aplicar no campo, o produtor conte com informações confiáveis, independentes e úteis.

Ao mesmo tempo em que começa a safra agrícola, a Fundação MS também inicia uma nova safra de pesquisas. Empresas do setor podem submeter seus insumos à validação técnica da entidade, ganhando um selo de credibilidade diante do mercado. “É uma oportunidade de posicionar produtos com respaldo técnico e com a confiança do produtor rural”, explica Alex Melotto, diretor-executivo da Fundação.

Essa conexão entre ciência e lavoura é o que sustenta o crescimento do setor. O aumento na produção previsto para esta safra vem da soma entre área plantada, clima favorável e principalmente da capacidade de tomar decisões estratégicas com base em dados. A Fundação MS aposta nisso, e os agricultores também.

Na prática, a soja de 2025/2026 já começa com um recado claro: quem planta, colhe — mas quem pesquisa, acerta antes.

Fonte:Acritica

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