sexta-feira, 19 dezembro, 2025 18:49
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Com o Senar/MS, jovens fazem da macaúba renda e futuro para mulheres do campo de Nova Andradina

de Redação Bonitonet
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Na zona rural de Nova Andradina, uma ideia ganhou voz e propósito. A macaúba deixou de ser apenas um fruto típico do cerrado e se tornou símbolo de transformação. Por meio do Programa Jovem Sucessor Rural, do Senar/MS, um grupo de universitários levou conhecimento, geração de renda e novas oportunidades à Associação de Mulheres Produtoras do Assentamento Santa Olga, ao valorizar o potencial nutritivo e produtivo do alimento e integrá-lo aos produtos já feitos no campo.

“Foi um diferencial que a gente viu que podia ser implementado por nós. Criar uma cadeia de valor com a macaúba para gerar renda e novos produtos para a agricultura familiar da região. Já que moramos no Cerrado, escolhemos um fruto do bioma ser o foco principal”, comenta o integrante do grupo, João Vitor Lima.

Essa é a hsitória do Transformando Vidas de hoje, confira:

https://youtube.com/watch?v=XpyFU-I88NI%3Fwmode%3Dopaque%26controls%3D%26rel%3D0

Os protagonistas dessa história são os Guardiões do Cerrado, time formado por estudantes que não vieram das ciências agrárias, mas caminhavam próximos ao campo por meio de ação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como o Programa de Capacitação em Empreendedorismo Rural (PCER). Foi essa experiência prévia que preparou o terreno para o passo seguinte.

Convidados pelo Sindicato Rural de Nova Andradina, eles ingressaram no Programa Jovem Sucessor Rural e, ao longo das capacitações, enfrentaram desafios, ampliaram a visão sobre o agro e desenvolveram um projeto que conquistou o terceiro lugar no programa.

“Nas primeiras aulas já percebemos que algo que ampliaria nosso conhecimento. Os professores são super capacitados e a cada aula a gente saía mais motivado para aprender. A gente mudou a nossa forma de pensar”, explica outro integrante, João Lucas Silva.


Foto: João Carlos Castro

Foi nesse caminho de aprendizado que surgiu a descoberta da macaúba que mudaria o rumo do trabalho. Até então desconhecido pelo grupo, o fruto típico do Cerrado revelou um potencial surpreendente. Rico em nutrientes, livre de glúten e com aproveitamento integral, da casca à amêndoa, ela se mostrou capaz de unir sustentabilidade, saúde e geração de renda, ganhando o título de “ouro do Cerrado”.

Com esse conhecimento, os jovens decidiram voltar o olhar para quem já produz no campo. A parceria com a Associação de Mulheres Produtoras do Assentamento Santa Olga fortaleceu uma relação construída em outros projetos e ganhou novo significado. A macaúba passou a fazer parte do projete de integrar pães, bolos, doces e produtos artesanais já feitos pelas mulheres, agregando valor, ampliando possibilidades de comercialização e abrindo caminhos para novos mercados, como a merenda escolar.

“Descobrimos até uma produtora de Aquidauana que já tem uma agroindústria com produtos derivados da macaúba e fizemos um dia de campo com ela no assentamento para que ensinasse tudo para as mulheres da região”, relembram.

O impacto foi imediato. Para a associação, o projeto representou retomada, movimento e perspectiva. Ideias que estavam paradas ganharam fôlego, a produção foi enriquecida e o conhecimento compartilhado trouxe autonomia e confiança. Mais do que aprender sobre um fruto, as mulheres passaram a enxergar novas formas de gerar renda e fortalecer a própria organização.

“Foi uma revolução de conhecimento. Esse projeto trouxe um ‘up’ pra nossa associação, porque até então só tínhamos projetos parados e agora, com a macaúba, estamos caminhando juntos. Queremos nossa independência financeira e acho que vamos conseguir”, explica a presidente da associação, Delma Cauz.


Pé de macaúba (Foto: Michael Franco)

Agora, os Guardiões do Cerrado sonham em ir além. O objetivo é transformar o Macavida em uma startup, difundir o uso da macaúba pelo Brasil e fazer do Cerrado uma referência de inovação e sustentabilidade. Uma história construída a muitas mãos, que mostra como o Senar/MS, ao aproximar juventude, conhecimento e comunidades de mulheres rurais, transforma realidades e semeia futuros que já começaram a dar frutos.

“Quando criamos o projeto, nossa intenção não era apenas concorrer a um prêmio, pensamos em deixar um legado para a vida toda. Que atingisse, além da nossa comunidade, grupos de outros locais”, finaliza João Lucas.

Jovem Sucessor Rural

O Jovem Sucessor Rural é um programa pioneiro do Senar/MS criado para preparar as novas gerações para a liderança no campo. Voltado a jovens ligados ao meio rural, o curso aborda temas como sucessão familiar, responsabilidade social, oratória, inovação, empreendedorismo, desenvolvimento pessoal e gestão no agronegócio. A proposta é capacitar esses futuros líderes com uma formação sólida, tanto técnica quanto comportamental, para que estejam prontos a dar continuidade aos negócios rurais com visão estratégica e sustentável.

Com duração de até nove meses, o programa é gratuito e realizado em parceria com os Sindicatos Rurais de diversos municípios. As aulas acontecem duas vezes por mês e incluem dinâmicas práticas, oficinas, visitas técnicas e desenvolvimento de projetos voltados a soluções reais para desafios do setor agropecuário. Além da formação, o programa promove uma premiação entre os grupos participantes, reconhecendo as melhores ideias com potencial de transformação no campo.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Michael Franco

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