Projeto de lei de Marcos Pollon reconhece a prática da caça como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) apresentou o projeto de lei 3826/2025 que reconhece a prática da caça como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, preservando saberes tradicionais de uma atividade enraizada na cultura popular do País

“Muitas famílias e comunidades mantêm a caça como parte de rituais tradicionais, festas locais, transmissões orais de conhecimento e expressões linguísticas típicas. O ofício do caçador, o uso de cães de caça, as técnicas de rastreamento e preparo de alimentos integram saberes que não podem ser simplesmente apagados pela omissão do Estado. Preservar esses saberes é preservar a memória, a cultura e a dignidade desses brasileiros”, explica Pollom.

A presente proposição visa reconhecer a prática tradicional da caça como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, assegurando o devido respeito e valorização a uma atividade ancestral que, ao longo dos séculos, integrou a formação da identidade nacional.

O projeto reconhece como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil a prática da caça nas suas manifestações históricas, culturais, alimentares, recreativas e de controle ambiental. O reconhecimento refere-se às práticas de caça artesanal e tradicional desenvolvidas por grupos e comunidades que mantêm a atividade como forma de subsistência, tradição familiar ou manejo sustentável da fauna.

O reconhecimento formal dessa prática não implica em sua liberação irrestrita ou em afronta à legislação ambiental, mas em um ato de respeito à história, à cultura e à continuidade das expressões populares que moldaram o Brasil profundo.

A caça, em suas formas, sempre esteve presente no modo de vida de incontáveis brasileiros. Em muitas localidades, representa não apenas uma atividade de subsistência alimentar, mas um componente simbólico, espiritual, social e organizacional da vida em comunidade. Ao contrário de abordagens caricaturais ou ideologizadas que tentam associar a caça apenas ao dano ambiental, é necessário compreender sua complexidade como prática regulada, historicamente enraizada e, em inúmeros casos, ambientalmente benéfica.

É necessário, portanto, compreender que a caça tradicional não se confunde com a caça criminosa. Ao contrário, é geralmente praticada com respeito à natureza, com métodos variados e por grupos que, muitas vezes, têm mais interesse na preservação do meio ambiente do que os próprios setores urbanos que se opõem à atividade com base em preconceitos.

Fonte: AsseCom

Related posts

MS conclui 97,5% do plantio da soja, mas clima irregular preocupa agricultores

Montado em uma mula, com outra de reserva, saindo dos EUA em direção ao Brasil, engenheiro brasileiro quer atravessar as Américas em uma expedição de cerca de 10 mil km com duração de 2 anos

Arauco inicia atividades preparatórias para implantação de ramal ferroviário