Oi deve perder contrato por falhas em linhas de emergência em MS

A empresa de telecomunicações Oi, está perto de perder contratos para a operação de linhas de emergência como o 190 (polícia) e o 193 (bombeiros) em Mato Grosso do Sul. O motivo são as constantes falhas no serviço do qual a população depende para pedir socorro. O último episódio ocorreu no final de outubro deste ano. Houve outras panes em meses anteriores.

Nesta sexta-feira (14), o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Videira, explicou que a pasta notificou a empresa e montou um grupo de trabalho para estudar o rompimento do contrato e substituição da Oi por outra empresa. “Desde que ela começou a apresentar as dificuldades, nós já passamos ao grupo de trabalho que estudasse a melhor estratégia”, falou.

Duas das possibilidades são a empresa chilena Sonda ou a estatal Telebras assumirem o serviço. Videira acrescenta que se cogita também a Claro, já contratada pela pasta para outros serviços. “Nós já pedimos os orçamentos para todas, para a gente avaliar. Da forma como está, não tem como, né? Muita dificuldade”, completou.

A Oi tem valores a receber da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), no entanto, os pagamentos estão suspensos porque as falhas técnicas feriram cláusula do contrato.

“A gente está adotando todas as providências administrativas legais com relação a esse problema. Hoje, a empresa tem um crédito com a gente, mas a gente até segurou em face da precariedade de serviços e as constantes suspensões dos serviços que são essenciais. Urgência e emergência não dá pra deixar do jeito que está”, finalizou o secretário.

O Campo Grande News entrou em contato por e-mail com a assessoria de imprensa da Oi e pediu um posicionamento sobre a situação. Não houve retorno até a publicação desta matéria.

Falência – Após quase 10 anos de recuperação judicial, a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Oi na última segunda-feira (10). A decisão foi proferida pela juíza Simone Gastesi Chevrand, que apontou a insolvência técnica e patrimonial da companhia de telecomunicações.

Segundo a magistrada, a empresa acumula dívidas de aproximadamente R$ 1,7 bilhão e tem receita mensal de cerca de R$ 200 milhões, com patrimônio considerado “esvaziado”. A juíza pontuou que “a Oi é tecnicamente falida” e que não há mais viabilidade econômica para o cumprimento de suas obrigações.

A sentença determina a convolação do processo de recuperação judicial em falência e a liquidação ordenada dos ativos da companhia, com o objetivo de maximizar os valores destinados ao pagamento dos credores.

As atividades da operadora serão mantidas provisoriamente até que os serviços sejam assumidos por outras empresas, garantindo a continuidade da conectividade e a manutenção de serviços essenciais.

Fonte:Campo Grande News

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